Postado em terça-feira, 10 de maio de 2011
Proposta de fechamento do Pronto Socorro vira alvo de discussão
“Ele não vai fechar o Pronto Socorro porcaria nenhuma”. Esta foi a frase do presidente da Câmara Municipal, Vagner Morais (Guinho/PT).
Alessandro Emergente
“Ele não vai fechar o Pronto Socorro porcaria nenhuma”. Esta foi a frase do presidente da Câmara Municipal, Vagner Morais (Guinho/PT), ao reagir a notícia de que o Hospital Santa Casa (HSC) pode encerrar as atividades do Pronto Socorro pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O assunto foi cogitado durante a sessão legislativa desta segunda-feira.
Guinho disse que o administrador do HSC, Aécio Lourenço de Assis, está fazendo “pressão” e que ele não tem “peito” para tomar a medida. “Se isso acontecer ele vai ser considerado o pior administrador (da história) da Santa Casa porque a Santa Casa já passou por momentos muito mais difíceis do que este e nunca ninguém falou em fechar o Pronto Socorro”, declarou.
O assunto veio à tona após o vereador Marcos Antônio de Souza (Marcos da Santa Casa/PPS) comentar a possibilidade de fechamento do Pronto Socorro. Disse que uma reunião nesta segunda-feira discutiria esta possibilidade.
O vereador do PPS disse que se a decisão for pelo fechamento do atendimento pelo Pronto Socorro, a Câmara deve se mobilizar para tentar reverter o posicionamento.
Ainda segundo Guinho, a “pressão” feita pelo administrador da Santa Casa se deve a uma denúncia do vereador José Batista Neto (PMDB) a problemas de atendimento no Pronto Socorro envolvendo uma médica plantonista.
Na semana passada, o peemedebista sugeriu o envio de um ofício ao administrador do HSC para que ele pudesse novamente usar a tribuna da Câmara para prestar esclarecimentos. Aécio já usou a tribuna, em fevereiro, para falar de problemas no atendimento.
José Batista e Aécio são filiados ao PMDB, partido aliado do governo municipal. O vereador e ex-prefeito disse que suas críticas não foram ao Hospital Santa Casa, mas sim a uma profissional da instituição.
O vereador apresentou uma indicação a prefeitura para a apresentação de um projeto de lei que estabelece os procedimentos para coibir a cobrança de prestadores de serviços de saúde diretamente aos usuários do SUS. A minuta será encaminhada ao executivo que, por lei, é a quem cabe a iniciativa de apresentar o projeto.
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