Governistas voltam atrás e reprovam fim da eutanásia

Alessandro Emergente

Os vereadores da base governista voltaram atrás no posicionamento da semana passada e inverteram seus votos. Eles reprovaram, em 2ª votação, o projeto de Lei que colocava fim a eutanásia para cães e gatos como queriam as associações protetoras dos animais. O resultado em plenário foi 4 a 2 pela rejeição.

Três vereadores se ausentaram da reunião o que facilitou a rejeição do projeto pelos governistas. Hesse Luiz Pereira (PSDB) e o presidente da Câmara, Jairo Campos (Jairinho/PDT), justificaram a ausência para participarem da missa de 2 anos da morte do fundador da Unifenas (Universidade José do Rosário Vellano), Edson Antonio Velano.

O autor do projeto, vereador Evanilson de Andrade (Ratinho/PHS), vice-presidente da Câmara, é quem presidiu a sessão, mas durante a votação da proposta que estabelecia uma política de controle dos animais a presidência foi assumida por Sander Simaglio (PV). O autor da proposição não pode presidir a votação.

O discurso dos governistas começou Vagner Morais (Guinho/PT) que afirmou que, apesar de ter votado favorável em 1º turno, rejeitaria a proposição por haver irregularidade no texto. “O projeto da forma como está não tem como ser aprovado”, sustentou.

Com um discurso semelhante, Eneias Rezende (PRTB) disse que não era contra o mérito da proposição, mas também sustentou que o projeto era irregular. 

A Comissão de Constituição, Legislação, Justiça e Redação Final (CCLJRF) havia dado parecer contrário, mas a decisão da Comissão foi derrubada em plenário em dezembro.

O projeto começou a tramitar em setembro, mas sofreu resistências. Chegou a ir para pauta várias vezes, mas a votação era adiada devido aos constantes pedidos de vista.

Um projeto semelhante também foi apresentado no final da legislatura passada. Na época, os governistas também conseguiram a maioria para reprovar a proposta que havia recebido parecer favorável da CCLJRF.

A proposta é uma reivindicação antiga dos protetores dos animais. As associações pleiteiam o direito de gerenciar o canil e adotar a esterilização como alternativa para o controle de animais.

Além de Guinho e Enéias, também foram contrários ao projeto os petistas Antônio Anchieta de Brito (Cheta) e Maria José Souto Camilo (Zezé). 

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