Postado em quinta-feira, 24 de julho de 2025
                    
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Pesquisa da Unifal desenvolve teste de olfato com aromas típicos do Sul de Minas
Estudo pioneiro busca tornar a avaliação da acuidade olfativa mais acessível e precisa, revelando que pacientes hospitalizados apresentam maior déficit sensorial.
 Da Redação
Uma pesquisa inovadora desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade (PPGNL) da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) propôs a criação de um teste olfatório com óleos essenciais que reproduzem aromas comuns à população do Sul de Minas Gerais. O objetivo é oferecer uma ferramenta mais acessível para avaliar a capacidade olfativa.
O estudo é parte da dissertação de mestrado da pesquisadora Estéfany Chris Teodoro de Melo, sob orientação do professor Eric Batista Ferreira e coorientação da professora Flávia Della Lúcia. O trabalho investigou a capacidade olfativa de indivíduos hospitalizados e não hospitalizados, analisando fatores como idade, sexo, doenças pregressas, tabagismo e exposição a poluentes.
Em uma fase inicial, a pesquisa identificou os cinco aromas mais reconhecidos pelos habitantes do Sul de Minas, após testar dez óleos essenciais com 31 voluntários saudáveis: menta, limão, funcho, laranja e canela. Em seguida, esses aromas foram utilizados no Teste Principal, aplicado a 50 pacientes internados na Santa Casa de Muzambinho e 50 estudantes ou trabalhadores da Unifal em Alfenas.
Os resultados mostraram uma diferença significativa na percepção sensorial dos aromas entre os grupos, com o déficit olfativo sendo maior no grupo hospitalizado. Esse achado, segundo os pesquisadores, pode ser explicado por fatores como idade, presença de dor ou uso contínuo de medicamentos, corroborando pesquisas anteriores que indicam a diminuição do olfato com o envelhecimento e em condições como gripes, rinite ou sinusite.
A importância de testes de sensibilidade olfativa reside na identificação de alterações que podem comprometer a qualidade de vida, já que o olfato está ligado ao paladar, memória e identificação de perigos. No entanto, os testes e equipamentos existentes são geralmente registrados e licenciados na Europa ou nos Estados Unidos, resultando em kits caros e com aromas distantes da cultura brasileira. A proposta da Unifal visa desenvolver um teste mais econômico, de fácil aplicação e com aromas culturalmente relevantes, o que pode ampliar o atendimento e gerar resultados mais precisos.
Apesar do potencial promissor, a continuidade da pesquisa e a produção em larga escala do kit de testes dependem do interesse de empresas parceiras. O professor Eric Ferreira ressalta a falta de contato com esses potenciais parceiros para transformar o projeto em um produto disponível para a população.
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