Produção de fumo tem pequena queda em Poço Fundo e adaptações na pandemia

Os produtores de fumo na região de Poço Fundo começaram a colheita com previsão de uma pequena queda na produção em 2020. Apesar de ter registrado aumento da área plantada, os produtores enfrentam falta de mão de obra e adaptações por conta da pandemia de coronavírus.

Os pequenos produtores tiveram que seguir normas de segurança, como uso de máscaras e distanciamento na lavoura. Apesar do momento, alguns ficaram otimistas. Em uma das propriedades a plantação é de 10 hectares, de onde devem sair 14 toneladas; 40% a mais que em 2019. A produção é vendida no Sul de Minas e no estado de São Paulo.

"Choveu na hora certa, na hora da adubação, deu aquela formação. Uma parte da lavoura ficou bem melhor. Mas tem umas partes que não ter formação porque faltou chuva", explicou Oestes Reginaldo, que cuida da produção ao lado do pai.

Um levantamento da Emater aponta que a área plantada em Poço Fundo aumentou 30 hectares em relação ao ano passado. No entanto, a colheita deve apresentar uma pequena queda - em 2019, foram 264 toneladas; a previsão para 2020 é de 262.

"O período do plantio de fumo é fevereiro e março. Porém, na primeira quinzena de fevereiro, houve um excesso de chuvas e impossibilitou o pessoal de realizar o plantio, o que atrasou um pouco. Após isso, houve uma queda abrupta da quantidade de chuva. No ciclo, houve pouca chuva", explicou o extensionista da Emater Renato Alfredo Silva Carvalho.

O fumo já foi o centro da agricultura em Poço Fundo. Hoje, com a colheita do café, falta mão de obra e o foco é investir na colheita por pessoas da mesma família.

"Hoje, que eu tenho conhecimento no Sul de Minas, apenas Poço Fundo que produz. Então é uma fonte de renda diferente, uma alternativa interessante. É a segunda agricultura mais importante do município".

Fonte: G1