Postado em sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pompilio não assumirá comando da bancada do PT na Assembleia

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais já bateu o martelo e definiu o líder da bancada em 2011.


Alessandro Emergente

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais já bateu o martelo e definiu o líder da bancada em 2011. O deputado Rogério Correa, que cumprirá seu terceiro mandato na Assembleia, será o próximo líder do partido na Casa. O anúncio à imprensa foi feito esta semana e coloca fim a uma disputa que envolvia o ex-prefeito de Alfenas Pompilio Canavez, que cumprirá seu primeiro mandato e estava na disputa.

A decisão dos petistas foi anunciada na última terça-feira após uma série de reuniões. Pompilio deverá ser indicado para a vice-presidência da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização.
Apesar do anúncio, Pompilio não considera o tema encerrado. Avalia que até 1º de fevereiro, quando os deputados são empossados, muitas articulações podem mudar o rumo das decisões. Por tudo isso ainda se considera na disputa.

Pompilio admite a dificuldade de emplacar a liderança da bancada logo no primeiro ano de mandato, mas afirma que as discussões caminham para que ele assuma a liderança nos próximos anos. A liderança pode ser renovada anualmente.

No início de novembro, o jornal O Tempo informou que Pompilio estava na disputa e chegou a colocar o ex-prefeito de Alfenas como nome praticamente acertado para a liderança do PT na Assembleia. No entanto, as articulações não vingaram.

Pompilio Canavez entrou na disputa com Rogério Correia, que parte para o terceiro mandato

Rogério Correia já foi líder do PT na Assembleia em outros mandatos deputado. Em seu primeiro mandato (1999-2002) chegou a ser líder de governo na Casa durante a gestão de Itamar Franco. No segundo mandato (2003-2006) foi o 2º vice-presidente da Mesa Diretora. Antes de chegar a Assembleia, foi três vezes vereador em Belo Horizonte, cidade onde está sua base eleitoral.

Outros Nomes

Também foram anunciados os deputados Adelmo Leão (que já ocupa a vice-liderança) e Almir Paraca como os vice-líderes. Paulo Guedes será indicado para compor a mesa como segundo vice-presidente.

Nas comissões, Durval Ângelo será indicado para Direitos Humanos, Almir Paraca, o atual líder da minoria, irá para a Comissão do Meio Ambiente, e André Quintão será indicado para a Comissão de Participação Popular.

Negociações

O PT tenta articular um grupo de oposição mais forte na Casa. O movimento oposicionista tem a adesão do PT (com 11 representantes) e do PCdoB (com uma bancada de dois parlamentares). São 13 deputados numa Casa com 77 parlamentares – mais de um quinto do total.

Por isso, a bancada tenta atrair os peemedebistas, que tem oito representantes. Em entrevista coletiva na terça-feira, lideranças petistas afirmaram que irão dialogar com os peemdebistas para tentar fortalecer a oposição ao governo de Antonio Anastasia (PSDB).

"Nosso esforço é para trazer o PMDB não só para ter mais forças como para trazer mais equilíbrio [à ALMG]", afirmou Rogério Correia ao jornal Estado de Minas. Disse ainda que a mudança do partido para base aliada do governador tucano não é coerente, já que os partidos tiveram uma candidatura conjunta ao governo do estado.

Os tucanos estão assediando os peemdebistas para compor a base de sustentação política do governo, apesar de na última eleição terem sido os protagonistas da disputa que envolveu Anastasia e Hélio Costa (PMDB).

Os três partidos vinham formando um bloco de oposição desde outubro de 2009, mas houve um racha em julho passado quando os petistas não aceitaram uma coligação na eleição proporcional com o PMDB.

O resultado do racha foi a aprovação do projeto de leis delegadas, que passou facilmente pela casa, e estabeleceu poder ao Executivo para realizar a reforma administrativa do estado sem passar pela Assembleia.

Segundo o portal G1, na última terça-feira, o Diretório Estadual do PT entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a resolução que dá ao governador eleito Antonio Anastasia o poder de elaborar leis delegadas. O PT alega que a medida é antidemocrática, enquanto o governo de Minas Gerais diz que a resolução é temporária e tem como objetivo acelerar as mudanças no processo de transição do novo governo.



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