Postado em terça-feira, 19 de novembro de 2019 às 15:03

Prefeito diz que negocia redução de exigência e multas para reabertura do Zoológico

A fala do prefeito de Alfenas foi durante a sessão legislativa de segunda-feira na Câmara Municipal.


Alessandro Emergente

O prefeito de Alfenas, Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), usou a tribuna da Câmara Municipal, durante a sessão legislativa de segunda-feira, para prestar esclarecimentos sobre o Zoológico Municipal, localizado no Parque Municipal Manoel Pedro Rodrigues. A ida do prefeito à Câmara foi em atendimento a um requerimento do vereador Reginaldo Flauzino (PHS) que solicitou esclarecimentos.

Recentemente, alguns vereadores, que compõem a base de apoio do governo, chegaram a propor verbalmente em plenário uma CPI para investigar a situação do Zoológico, porém não chegaram a formalizar o pedido e nem apontar um fato determinado para investigação.

Diante da sinalização em plenário, os vereadores de oposição se posicionaram favoráveis a abertura de uma CPI e, na sessão seguinte, sugeriram a instauração da comissão. Mas, diante disso, vereadores governistas recuaram. Entre eles, Tadeu Fernandes (PTC) e Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PSB). Flauzino, que também havia inicialmente dito que assinaria a CPI, decidiu então solicitar ao prefeito esclarecimentos.

Caminhando para resolver, diz prefeito

De acordo com o prefeito, a administração municipal está caminhando para resolver as questões que envolvem o Zoológico, hoje fechado para o público externo. Porém, o local tem recebido estudantes em projetos educacionais. “O Zoológico não está lá abandonado. Está cumprindo um objetivo que é praticar educação ambiental”, declarou.

Luizinho disse que, até a próxima semana, deve finalizar um cronograma de ações para o Zoológico para que seja apresentado aos órgãos ambientais. Com isso, poderia pleitear a reabertura a partir de um novo termo de acordo com os órgãos ambientais. Chegou a convidar os vereadores para formarem uma comissão para acompanhá-lo em reuniões com a Advocacia Geral da União (AGU) e com representantes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Segundo Luizinho, há multas por descumprimentos de termos de ajustamento de conduta, firmados no passado, que chegam a R$ 1 milhão. Disse que a AGU está acessível a uma negociação para reduzir a multa e que o governo local pretende chegar a cerca de 20% do valor original.

Educação ambiental

Apesar das dificuldades, Luizinho afirmou que o governo tem avançado na reestruturação do local e atualmente o Zoológico não está totalmente fechado. Aponta um projeto de educação ambiental que utiliza o Parque Municipal como parte das ações.

Ainda, segundo Luizinho, cerca de 6 mil crianças já passaram pelo Zoológico dentro das ações do projeto de educação ambiental e que a expectativa é reabrir o espaço para o público geral. No entanto, admite dificuldades financeiras para execução dos projetos.

O prefeito foi questionado sobre a transformação do Zoológico em apenas parque municipal – ou seja, sem a presença de animais. Respondeu que o Zoológico não pode ser desativado, o que poderia ocorrer somente com a transferência dos animais para outro local. No entanto, segundo ele, há dificuldades de encontrar um outro Zoológico que aceite receber os animais.

Flauzino afirmou que o problema do Zoológico poderia já ter sido resolvido caso a municipalidade priorizasse o recurso obtido junto a Copasa, quando o Município recebeu uma multa de R$ 23,8 milhões. Na avaliação dele, parte desse valor poderia ser destinada as reestruturação do Zoológico.



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