Postado em terça-feira, 23 de maio de 2017

Um mês sem marcar dois gols em um jogo: entenda a queda de produção do ataque

Comentarista analisa momento ofensivo da Raposa; nos últimos seis jogos, apenas cinco gols feitos.


Apesar do bom começo no Campeonato Brasileiro, com uma vitória em casa e um empate fora, o Cruzeiro tem um dado que não é digno de comemoração. Nesta sexta-feira, o time completa um mês sem marcar dois gols na mesma partida. A última vez que isso aconteceu foi na segunda partida da semifinal do Campeonato Mineiro, dia 23 de abril, quando fez 2 a 0 no América-MG, no Mineirão, dois gols de Arrascaeta. De lá pra cá, foram seis jogos. Em cinco, o Cruzeiro fez um gol, e em um passou em branco. Foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas.

Na primeira partida da final do Mineiro, contra o Atlético-MG, empate por 0 a 0. Depois, vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na Copa do Brasil. Estes dois jogos foram no Mineirão. Em seguida, duas derrotas por 2 a 1, para o rival na decisão do estadual, no Independência, e para o Nacional-PAR, na Copa Sul-Americana, em Assunção. Os últimos dois jogos da lista foram os do Brasileirão: vitória sobre o São Paulo, por 1 a 0, no Mineirão, e empate por 1 a 1 com o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife.

Para o comentarista da TV Globo e do SporTV, Henrique Fernandes, o fato de o time ter passado por partidas decisivas, como as duas finais do Campeonato Mineiro e o jogo no Paraguai, influenciaram muito na marca.

- O que mais pesou foi que Cruzeiro teve que lidar com muitos jogos de mata-mata, em que o adversário também tende a se defender melhor em razão do regulamento. Evidente que é uma marca negativa preocupante, que pode ter custado o título mineiro, mas sem dúvidas é mais complicado fazer mais gols enfrentando adversários de peso maior que os que o time enfrentou no início da Copa do Brasil e na primeira fase do Mineiro.

Henrique Fernandes também acredita que o excessivo número de jogadores contundidos tenha sido marcante para a fase ruim do sistema ofensivo.

- Sem dúvidas, as contusões atrapalharam demais. O Cruzeiro vem jogando com desfalques em todos os setores. Desde a defesa, com Ezequiel e Manoel fora, passando pelo meio, que não tinha Ariel e ainda não tem Robinho, e com desfalques também importantes na frente. Rafael Sobis é o um dos artilheiros do time na temporada, com 12 gols, e Thiago Neves é, entre os meias, o que tem maior facilidade de chegada a área para a finalização. Evidente que isso causa um desequilíbrio e o ataque, com tantos substitutos, perde entrosamento.

As características de jogo do Cruzeiro, que não é um time tão ofensivo, segundo Henrique Fernandes, fazem com que a forma de jogar dê prioridade a um sistema defensivo mais sólido e a um time mais compacto em campo.

- Acho que o time do Mano não é um time tão ofensivo, tão goleador. Mesmo quando não existia esse “jejum”, o Cruzeiro não venceu tantos jogos por uma margem grande de diferença de gols este ano, muito por se habituar a criar a vantagem no marcador e defender o resultado, se fechando mais para explorar contra-ataques em velocidade. Entendo que, no Brasileiro, a prioridade do Mano será ter uma defesa sólida e segura. Apesar disso, com a volta dos titulares, a tendência é que o time evolua naturalmente e volte a marcar mais gols.

O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Globo esporte



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