Postado em sexta-feira, 27 de março de 2015 às 09:12

Reservatórios sob controle milimétrico

Resultados de medições nos principais mananciais de abastecimento de Minas Gerais nos próximos sete dias podem determinar quais rios e reservatórios entrarão em estado de alerta e quais estão tão vazios que a captação de água terá de ser reduzida


Do FAEMG
 
Resultados de medições nos principais mananciais de abastecimento de Minas Gerais nos próximos sete dias podem determinar quais rios e reservatórios entrarão em estado de alerta e quais estão tão vazios que a captação de água terá de ser reduzida, situação classificada como de restrição de uso. Segundo a Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), começa a valer hoje a Deliberação Normativa do CERH (Conselho Estadual de Recursos Hídricos) que estabelece critérios para decretação de situação de escassez hídrica em Minas Gerais, estado que enfrenta crise hídrica mais grave que a de São Paulo, segundo admitiu ontem o governo do estado. Com as novas regras, as variações de volume dos mananciais serão monitoradas diariamente para estabelecimento de média semanal. Níveis entre 30% e 10% disparam o decreto de alerta. Quando o índice cai a menos de 10%, entra-se imediatamente em regime de restrição de uso. Considerados dados de ontem, na Grande BH o Sistema Serra Azul, em Juatuba, já estaria em alerta, com média volumétrica de 12,5% nos últimos sete dias, e bem perto do quadro de restrição.
 
Se as regras e limites atuais, que vigoram automaticamente assim que detectado o nível crítico, já estivessem valendo entre novembro do ano passado e o último dia 10, o reservatório de Serra Azul teria entrado em restrição de uso, com nível abaixo de 10%. A pior situação foi há quatro meses, quando o nível chegou a 5,2% e esteve à beira de atingir o volume morto, que é a porção abaixo do ponto de captação. Se esse patamar se repetir, principalmente com a chegada da temporada de estiagem, por força da Deliberação Normativa do CERH todos os usuários da bacia, inclusive a Copasa, terão de reduzir sua captação em 20% em caso de consumo humano e animal. Os índices são de 25% a menos para mineração e 30% para a área industrial. “A deliberação nos dá instrumentos para determinar a situação dos rios e reservatórios, sendo possível trabalhar campanhas e outros tipos de intervenção de forma organizada. É uma regulamentação inédita em um estado brasileiro. Sequer a União tem um dispositivo desses”, disse o secretário de estado de Meio Ambiente, Luiz Sávio Souza Cruz.


Foto: Agência Brasil/Divulgação

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