Postado em terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre operação da Polícia Federal, vereador cutuca oposição

O cumprimento de mandados pela PF na prefeitura gerou comentários em plenário durante a sessão desta segunda-feira.


Alessandro Emergente

O cumprimento de mandados pela Polícia Federal (PF) na prefeitura de Alfenas gerou comentários em plenário durante a sessão legislativa desta segunda-feira. O vereador Sander Simaglio (PV), de oposição, disse que em Alfenas não existe grupo de oposição.

Durante praticamente toda a reunião o episódio envolvendo a PF não foi comentado. Somente no final da reunião o assunto veio à tona com um longo discurso do vereador do PV.

Sander disse que havia preparado um longo discurso no final de semana, mas que não iria ler e o transformaria em crítica ao grupo de oposição da cidade que foi derrotado nas últimas eleições municipais. “Esse grupo a cada dia vem perdendo espaço na cidade”, afirmou.

No Legislativo

Segundo ele, mesmo diante da operação da Polícia Federal e da prisão do procurador geral do município José Ricardo Leandro e Silva, o assunto não era comentado no Legislativo.

O parlamentar do PV criticou a postura da Câmara Municipal ao dizer que o Legislativo faz muito pouco no que se refere a fiscalização. Afirmou ter certeza que não conseguiria nem o número mínimo de quatro assinaturas de vereadores para propor uma CPI (Comissão parlamentar de Inquérito).

Fotos: Alessandro Emergente

 

Operação da Polícia Federal foi comentada no final da sessão


“Eu só quero que esta cumpra o seu papel constitucional de fiscalizar o executivo. A cidade esta esperando uma posição nossa, mesmo que esta posição venha defendendo a administração”, declarou.

Líder do Governo

O discurso de Sander chegou a irritar o líder do Governo, Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS), ao afirmar que “de vez em quando (Sander) dá um pulinho lá (na prefeitura)”. Disse que o vereador do PV é, na sua opinião, o mais beneficiado da Câmara pelo executivo.

Pouco antes, Sander havia citado a mudança política de Ratinho que deixou a oposição para ser líder do Governo na Câmara. Em outro momento disse que “dinheiro compra as coisas, fáceis”.
Ratinho se irritou e chegou a elevar o tom: “Dinheiro não me compra. Você não tem o direito de falar que o dinheiro compra. Dinheiro não me compra”.

 

Fotos: Arquivo 

 


Ratinho se irritou com o discurso de Sander


Em outro momento, o líder do Governo chegou a questionar o valor da subvenção prevista para o MGA (Movimento Gay de Alfenas e Região) e afirmou que há necessidade de revisar esta quantia para os próximos anos.

Fundador da entidade, Sander reagiu. Afirmou ser a única ONG que encaminhou prestação de contas à Câmara e a prefeitura com cópias de cheque e extratos. Declarou ainda estar disposto a debater em plenário com Ratinho irregularidades e que é só o líder do Governo instigá-lo.

Outro alvo de Sander foi a imprensa. Disse que a notícia referente a operação da PF demorou paraser publicada e quando foi disponibilizada foi “maquiada”. Afirmou que só ficou sabendo o que tinha acontecido quando leu os jornais da capital.

Sander partidarizou a imprensa ao falar que, no início do mandato, a tinha do lado da oposição. Disse ainda que membros da imprensa ocupam cargos de confiança na prefeitura. “A imprensa não tem falado a verdade”, atacou.

Projetos

Três projetos foram aprovados em primeiro turno. Um altera os critérios para instalação de antenas de telefonia celular e estações de rádio-base. O outro inclui seis entidades na lista de subvenções sociais para 2011. Com isso, o valor máximo previsto para repasse passa a ser de R$ 9,7 milhões, aumentando em R$ 600 mil. Um terceiro projeto incluído na pauta é que autoriza a remissão de IPTU referente a um terreno particular danificado.

 



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