Postado em quarta-feira, 11 de março de 2009

Comerciantes são assaltados em Andradas e mortos em Alfenas

Um assalto, próximo a Andradas, terminou na morte de dois comerciantes na zona rural de Alfenas. Eles foram seqüestrados e depois assassinados em um cafezal


Henrique Higino

Um assalto, próximo à cidade de Andradas, terminou na morte de dois comerciantes na zona rural de Alfenas. Eles foram seqüestrados e depois assassinados em um cafezal às margens da MG-179, cerca de seis quilômetros de Alfenas – sentido Machado.

O local onde morreram fica a aproximadamente 100 km do local onde foram assaltados. Das três vitimas do assalto, um não sofreu nenhum ferimento. Na madrugada desta quarta-feira (11/03), ele levou a Polícia onde os corpos dos dois amigos foram abandonados.

Escuridão: Policia Civil precisou usar iluminação da viatura para concluir a Perícia. Roupas das vítimas foram retiradas para identificar perfurações

O sobrevivente Flavio Henrique da Silva, 32 anos, disse a Polícia que estava viajando com os dois amigos quando deram carona ao assaltante. Flavio é empresário do ramo de confecção e reside na cidade de Pouso Alegre. Ele disse que recebeu a visita dos dois amigos, ambos moradores de São Paulo e também empresários de confecção, e resolveram visitar o “circuito das malhas” para comprar roupas.

O trio de amigos viajavam em um Fiat Idea. Segundo Flavio, quando passavam pela cidade de Andradas pararam para pedir informações e acabaram dando carona ao assaltante, que seguia o mesmo destino dos três amigos. Até este momento, segundo Flavio, eles não sabiam que o carona era ladrão.

Os quatro seguiram viagem até à cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP), mas notaram que estavam sendo seguidos por um motoqueiro. Uma das vitimas, ao comentar que estava sendo seguidos pela moto, ouviu o ladrão anunciar o assalto e afirmar que o motoqueiro era comparsa.

Ele teria exigido que o trio mudasse o destino e seguisse sentido a cidade de Alfenas. A vítima não soube informar o motivo do assaltante percorrer 100 km. “Ele só mandava tocar o carro, sempre seguido pelo motoqueiro”.

Flavio estava no banco de trás com o assaltante. Quando se aproximaram de Alfenas, por volta das 14h desta terça-feira, uma das vitimas, identificado como Marcos Dionísio, que estava no banco da frente, reagiu ao assalto e foi atingido por três tiros: Dois nas costas e um na cabeça.

O ladrão mandou que o motorista, conhecido como “Dino”, entrasse no cafezal e,  segundo Flavio, o motorista fez um movimento brusco com o carro e também foi baleado na cabeça. Ele morreu na hora.

Flavio contou que após os disparos o assaltante ficou furioso e fez ameaças. Disse que o culpado pela morte era as próprias vitimas que reagiram. “Viu o que vocês fizeram? Se não tivesse feito gracinha isso não tinha acontecido”, teria dito o assaltante.

Flavio conta que foi obrigado a retirar as vítimas de dentro do carro e abandonar os corpos no meio do cafezal.

Terror Continuou

As duas vítimas foram mortas por volta das 14h de ontem (terça-feira), mas só foram encontradas na madrugada de hoje (quarta-feira), cerca de 13 horas depois do crime. Os corpos já estavam enrijecidos.

Segundo Flavio, após cometer o assassinato, o ladrão mandou que ele assumisse o volante e seguiram destino à cidade de Machado, sempre acompanhado pelo motoqueiro. Ele acredita que neste momento não foi morto porque o ladrão se recusou a sentar no banco sujo de sangue.

No trevo de Machado, seguiram para a cidade de Carvalhópolis e depois para Turvolândia. Na estrada de terra que liga as duas cidades o veiculo apresentou problemas e parou.

Flavio conta que o ladrão mandou que ele olhasse o motor do carro. Disse que percebeu vazamento de água do carburador e o assaltante teria mandado que ele completasse o compartimento com uma garrafa de suco. Não deu certo e o carro continuou com problemas.

Os dois desceram do carro. Os pertences das vitimas e de Fabio foram entregues ao motoqueiro, que foi embora. A vitima conta que ficou por quase quatro horas no meio do mato em companhia do assassino. Ele queria que Flavio providenciasse R$ 50 mil com a esposa e que o motoqueiro ficaria encarregado de buscar o dinheiro em Pouso Alegre.

Flavio teria dito que não tinha esta quantia. Onde os dois estavam, o aparelho de celular não funcionou. “Mesmo se eu conseguisse contato com a minha mulher ela não teria está grana. Falei para ele me matar, porque não ia conseguir R$ 50 mil”, disse Flavio.

O ladrão foi embora - a pé - quando começava  anoitecer. Flavio conta que neste momento saiu correndo pelo mato e pediu ajuda a um sitiante, que chamou a Policia.

Nesta madrugada, funcionários da Funerária Municipal fizeram a remoção dos corpos. Os nomes completos das vítimas e as idades ainda não foram divulgados oficialemte, pois os documentos foram roubados e até a publicação desta matéria não houve contato com seus familiares em São Paulo.

Em tempo...

No início da tarde desta quarta-feira, Flavio confessou para a Polícia que cometeu o duplo homicidio. Segundo informações da EPTV, o rapaz disse que sabia das compras que os dois paulistas pretendiam fazer na região e resolveu roubá-los. Ele permanece dtido na 19ª Delegacia Regional de Polícia Civil e confessou ter efetuados os disparos. A arma ainda não foi encontrada.

Fotos: Henrique Higino



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo