Postado em terça-feira, 22 de fevereiro de 2022 às 23:11

Professores realizam paralisação e protesto nesta 4ª feira

Professores da rede municipal vão decidir os rumos do movimento em nova assembleia.


 Alessandro Emergente

Os professores da rede municipal de ensino promovem uma paralisação nesta quarta-feira como forma de pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria. Um ato em frente a Prefeitura de Alfenas também está previsto.

A paralisação desta quarta-feira pode resultar em uma greve, assunto que será decidido em assembleia geral convocada Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre/Alfenas). Um indicativo de greve foi aprovado no início do mês. Essa é a etapa que antecede uma possível paralisação por tempo indeterminado, caso haja aprovação em assembleia. 

A convocação de lideranças da categoria é para uma concentração em frente à Prefeitura de Alfenas a partir das 15h. O protesto vai anteceder a assembleia que será realizada no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves para definir os rumos do movimento.

Perdas no vencimento

A categoria aponta uma perda salarial de 19,2%, que refere-se a 10,04% de 2021, além de 6,75% em 2020 e 2,39% remanescente de 2019. Inicialmente, o governo havia sinalizado um reajuste de 10,06%, mas numa reunião realizada na semana passada propôs conceder 12% de reajuste na próxima data-base, além de outros 7% parcelados.

Em um vídeo, o prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), propõe corrigir o vencimento dos servidores em 19%, porém num prazo de dois anos. Além dos 12%, seriam mais 3,5% em 2023 e outros 3,5% em 2024, somados a correção salarial acumulada nesse período.

Piso nacional

Uma das reivindicações é a equiparação do piso salarial nacional. Hoje, de acordo com os servidores, o vencimento inicial da categoria é de R$ 1.480,00 para uma carga horária de 24 horas semanais. O governo argumenta que, na prática, esse valor base sobe para R$ 1.776,00, uma vez que - com a graduação em licenciatura - é incorporado mais 20%.

O piso nacional foi reajustado em 33,24%, passando de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63 para 40 horas semanais. Se considerada as 24 horas por semana, o valor proporcional do piso nacional é de R$ 2.307,00 – R$ 827,00 acima dos R$ 1.480,00 e R$ 531,00 acima dos R$ 1.776,00, argumentado pelo governo.

Um outro item da pauta de reivindicações é o aumento do vale-alimentação, dos atuais R$ 30 para R$ 500 por mês. O governo havia apresentado uma proposta de elevação desse benefício para R$ 100, o que só aconteceria em 2024. Nesse período haveria um aumento gradual: R$ 50 em março e R$ 75 no ano que vem.

Impacto

Nesta terça-feira, o prefeito divulgou um novo vídeo dizendo que a administração municipal recebeu do Ministério Público a recomendação para contratação de 100 novos servidores, aprovados em um concurso público realizado pela gestão anterior. As contratações devem gerar um acréscimo de R$ 5 milhões por ano nas despesas, segundo o governo.

Com isso, o governo alega que a recomposição de 19%, sendo 12% de forma imediata, só será possível com cortes na folha de pagamento, que deve subir de R$ 135,6 milhões (registrado em 2021) para R$ 151,9 milhões/ano somente com o reajuste de 12%. “Não sabemos de onde vamos tirar o dinheiro”, disse o prefeito. “19% de reajuste é mais que considerável e já está além do possível”, completou.



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