Postado em quinta-feira, 5 de maio de 2016 às 09:13

Safra de cana em MG poderá chegar a 65,5 mi t

A safra de cana de açúcar 2016/17 em Minas Gerais deverá ser de 65,5 milhões de t, praticamente semelhante à safra 15/16 de 65,039 milhões de toneladas


Do Portal do Agronegócio

O crescimento deverá ser de 1%, e a expectativa é de clima favorável ao desenvolvimento da cana. O anúncio foi feito na última sexta-feira (29) por ocasião da abertura da safra mineira, na usina Vale do Tijuco (CMAA), pelo presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Mário Campos, com a presença do presidente do grupo, Carlos Eduardo Santos, e o presidente do Conselho, José Francisco Santos.

A expectativa é de que o mix para açúcar aumente de 39,4% (safra 15/16) para 41,2% e 58,8% para etanol. A produção de açúcar sairá de 3,25 milhões para 3,5 milhões de toneladas, 7,7% superior, isso em função de uma recuperação do preço do produto no mercado internacional e da competitividade do Brasil dada pelo câmbio.

Já a produção de etanol ficará praticamente igual ao ano passado por volta de 3,080 bilhões de litros, alta de apenas 0,1%. Essa previsão se deve à estimativa de queda do consumo de combustíveis no Brasil, que deverá cair entre 2 e 3%, fazendo com que a produção fique condizente com o mercado interno.

A expectativa é também de uma recuperação da qualidade da matéria prima (ATR) nível de sacorose/ton/cana de 133 quilos para 136 quilos, ou seja, vai ter mais produto por tonelada de cana moída.

De acordo com Mário Campos, o preço do açúcar deverá ter uma melhor remuneração em função dos preços no mercado internacional, já o etanol deverá ser influenciado pela crise econômica e pela dificuldade financeira das usinas. Este início de safra já mostrou este aspecto, com a perda do valor do etanol hidratado na usina de 30%, nos últimos 30 dias.

No seu discurso de abertura de safra, Mario Campos, disse também que o mercado brasileiro de etanol tem boas perspectivas para os próximos anos, com a ratificação do Acordo da COP 21, realizada em dezembro em Paris. "No momento, a agenda está travada em razão das questões políticas. Só que vai ter que destravar em algum momento", disse.

O Brasil vai ter que investir na produção de etanol nos próximos anos para chegar aos 50 bilhões de litros até 2030. Hoje, a produção do combustível derivado da cana está na casa dos 30 bilhões. "É um esforço para descarbonizar o mundo. E o Brasil tem condições de ser protagonista nesse processo. Temos 15 anos para chegar nesse patamar", ressaltou.

O presidente da Vale do Tijuco, Carlos Eduardo, destacou a modernidade da usina que iniciou com uma colheita 100% mecanizada, o investimento em capacitação, parceria com os fornecedores de cana e a prefeitura local para recuperação das estradas. "Foi uma honra para nossa empresa estar sediando a abertura de safra do estado e espero que isso ocorra a partir de agora durante todos os anos", afirmou.

Portal do Agronegócio



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