Postado em quinta-feira, 7 de abril de 2016 às 22:10

Polícia Civil indicia suspeito de ter matado adolescente de 14 anos após confissão

O suspeito Lucas de Assis Ferreira, 26 anos, será indiciado por homicídio qualificado pela morte de Giovana Cillo.


Alessandro Emergente

A Polícia Civil de Alfenas concluiu o inquérito sobre o assassinato da adolescente Giovana da Costa Cillo, de 14 anos. O suspeito Lucas de Assis Ferreira, 26 anos, será indiciado por homicídio duplamente qualificado, uma vez que o motivo do crime foi considerado fútil, banal e sem chances de defesa.  

A conclusão do inquérito policial foi após uma confissão de Ferreira, que está preso em Ribeirão das Neves. O rapaz resolveu confessar o crime na quarta-feira (4) e, nesta quinta-feira, o delegado Márcio Bijalon, responsável pelo caso, apresentou a conclusão das investigações à imprensa.

Porém, Bijalon lembra que a conclusão do inquérito não está baseada apenas na confissão e leva em consideração outros elementos que colaboram para a versão de ter sido Ferreira o autor do crime. Duas testemunhas foram fundamentais para as investigações. Os depoimentos delas, segundo a Polícia Civil, colaboraram para resolução do caso.

DNA

O exame de DNA com materiais genéticos colhidos no corpo da adolescente ainda não está pronto. A Polícia Civil, no entanto, entende que já é possível apontar a autoria do crime com base na confissão e nas investigações.

Ferreira está preso em Ribeirão das Neves desde o dia 15 do mês passado, quando foi transferido devido a ameaças sofridas em Alfenas. A Justiça autorizou a transferência, uma vez que esse tipo de crime não é tolerado por outros detentos. O rapaz chegou a ser torturado antes de ser preso. As imagens chegaram a ser divulgadas pelo aplicativo WhatsApp.  

Bijalon informou que o inquérito sobre o crime de tortura continua em andamento. Disse que a vítima tinha ligações com pessoas perigosas, porém não está confirmada a ligação desses indivíduos com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Mudança de versão

Antes da confissão, Ferreira chegou a mudar de versão duas vezes. Ao ser interrogado, dois dias após o crime, disse que não conhecia a adolescente e que não tinha estado com ela na noite do assassinato. As declarações chamaram a atenção dos investigadores, uma vez que a Polícia dispunha de informações sobre um relacionamento do suspeito com a vítima.

No segundo depoimento, o rapaz disse que conhecia Giovana apenas de vista e que tinha estado com ela em um bar. Mas negou o crime. Devido as contradições e outros depoimentos, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito.  

Após sua transferência para Ribeirão das Neves, ele decidiu confessar. Primeiramente, em um áudio feito por agentes penitenciários e, depois, em um depoimento da Polícia Civil de Ribeirão das Neves, ocorrido na quarta-feira. Com isso, Bijalon entrou com um pedido de prisão preventiva.

Na versão de Ferreira, ele teria consumido álcool, drogas e mantido relações sexuais com a adolescente na noite do crime. Porém, após um desentendimento, ela teria o agredido – segundo a sua versão – e ele reagido a enforcando. Um pino vazio de cocaína chegou a ser encontrado no local do crime pela perícia. O rapaz não tinha passagens pela polícia.

Acima, o delegado Márcio Bijalon ao apresentar a conclusão das investigações. Abaixo, o suspeito e a vítima (Fotos: Alessandro Emergente, Reprodução/WhatsApp e Facebook e Polícia Civil/Divulgação)



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