Postado em quinta-feira, 27 de agosto de 2015 às 08:47

Agricultura atenua a piora do desemprego em Minas

Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua) foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia)


Do FAEMG
 
Em meio às condições econômicas do país, Minas Gerais registrou uma redução tímida na taxa de desemprego do segundo trimestre deste ano, ficando inferior à média nacional. Enquanto no país cresceu para 8,3% o índice de desempregados, em Minas, o percentual ficou em 7,8%, uma pequena queda de 0,4 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando a taxa chegava a 8,2%. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 1 ponto percentual. Desta vez, a salvação do estado está na agricultura, setor que empregou, nos últimos três meses, 105 mil pessoas. Porém, cresceu a informalidade e diminuiu a média salarial, ao mesmo tempo em que a indústria demitiu, no segundo trimestre, 28 mil pessoas. E, além disso, a taxa mineira de desemprego para o segundo trimestre acompanha a realidade brasileira: é a pior desde 2012.
 
Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua) foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia). De acordo com analistas, não há muito para os mineiros se sentirem aliviados. A redução de desocupados no estado é, em números absolutos, de apenas 31 mil pessoas. São, atualmente, 839 mil em busca de um lugar no mercado de trabalho em Minas. Enquanto isso, aumenta o emprego informal. Já são 103 mil pessoas sem carteira assinada no estado. A taxa de informalidade, de acordo com o IBGE, sofreu uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao igual trimestre do ano de 2014, chegando a 75,9% dos empregados do setor privado, excluindo, aí, os trabalhadores domésticos.
 
“O índice inferior à média nacional e menor que a do trimestre anterior não é motivo de alívio. Com o crescimento da informalidade, está caindo a massa salarial do mineiro. Com isso, o padrão de gastos vai afetando os setores de bens de consumo duráveis e não duráveis”, comenta o doutor em economia e coordenador do curso de economia do Ibmec, Márcio Salvato.
 
De acordo com dados do IBGE, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas em Minas foi estimado em R$ 1.668 no segundo trimestre de 2015, com redução de 2,4% em relação ao trimestre anterior, quando foi de R$ 1.709. O rendimento médio real estimado para Minas Gerais está abaixo do estimado para o Brasil (R$ 1.882) e inferior aos valores estimados para os demais estados do Sudeste, do Sul e do Centro-Oeste do país.

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