Postado em sábado, 8 de agosto de 2015
às 16:29
Destinação de lixo de outras 8 cidades para o aterro sanitário de Alfenas gera polêmica
A situação desperta desconfiança quanto a uma possível redução do tempo de vida útil, que é de 30 anos.
Alessandro Emergente
Além de Alfenas, outros oito municípios também depositam o lixo produzido pela população no aterro sanitário de Alfenas, inaugurado em 2012. A situação desperta desconfiança quanto a uma possível redução do tempo de vida útil, que é de 30 anos.
Com isso, a Câmara Municipal aprovou, no início deste mês, um requerimento solicitando diversas informações sobre o assunto. Os questionamentos foram elaborados pelo vereador Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS), autor do requerimento, aprovado pelo plenário.
O aterro sanitário foi inaugurado em maio de 2012 pelo então prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) com uma projeção para que o local seja utilizado por 30 anos. No ano seguinte, em 2013, a prefeitura de Poço Fundo assinou um convênio para o envio do lixo, produzido na cidade, para o aterro sanitário de Alfenas.
Outras cidades
Hoje, além de Alfenas e de Poço Fundo, outras sete cidades também descartam seus resíduos no local. São elas: Areado, Carvalhópolis, Machado, Lavras, Monte Belo, Serrania e Santana da Vargem. Do ano passado para 2015, o número de município que utilizam o aterro sanitário de Alfenas subiu de cinco para nove.
Uma das que mais chamam a atenção é Lavras, com uma população superior a de Alfenas. O município tem 99.229 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2014. Para Alfenas, a estimativa do IBGE é de 78.176 habitantes.
De acordo com reportagem do Jornal dos Lagos, divulgada na edição do último sábado, Lavras despeja em média 1.400 toneladas/mês de detritos no aterro sanitário de Alfenas, quantidade semelhante a de Alfenas. Ainda segundo a reportagem, assinada pela jornalista Cláudia Cabral, a capacidade média é de 100 toneladas/dia, mas somente Alfenas deposita 55 toneladas diariamente.
A atual administração do município aponta o aumento do ICMS Ecológico e a redução do custo de operação, com a redução do valor pago pela tonelada depositada no aterro sanitário. Um projeto de ampliação da capacidade do local foi encaminhado à Supram (Superintendência do Meio Ambiente), em Varginha.
No requerimento, encaminhado a prefeitura pela Câmara Municipal, é questionado se existe algum ato normativo que autoriza o despejo dos resíduos de outras cidades no aterro sanitário de Alfenas e qual o valor pago por tonelada, além de outros questionamentos.
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