Postado em quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022 às 15:51

Empresa de bebidas chega ao Brasil com expectativa de faturar R$ 1 bi em cinco anos

Better Drinks aposta em cinco marcas de bebidas independentes, com um modelo de negócio inspirado em companhias líderes do mercado premium nos EUA


 A empresa Better Drinks, do ramo de bebidas, anuncia nesta terça-feira (1) o início das operações no Brasil.

O grupo, fundado pelos executivos Felipe Szpigel e Felipe Della Negra, ambos ex-Ambev, aposta na junção de cinco marcas independentes para alavancar o setor no Brasil. São elas: Baer-Mate, F!VE, Mamba, Praya e Vivant.

Com investimento inicial de R$ 25 milhões, os sócios disseram ao CNN Brasil Business que a intenção da empresa é estabelecer um modelo de negócio já consolidado e validado internacionalmente, mas que ainda carece no Brasil.

“Hoje existe mais capital disponível para venture, algo muito comum nos EUA, mas não tão explorado no Brasil. Além disso, a área de bebidas é muito carente, e entramos no mercado brasileiro copiando um modelo internacionalmente já validado”, afirmou Felipe Szpigel.

“Esse modelo de negócio é inspirado em companhias como Boston Beer Company e Mark Anthony Group, que lideram o mercado premium de bebidas nos EUA”, acrescentou.

Segundo os executivos, o dinheiro investido será usado majoritariamente para vendas e marketing, com o intuito de financiar as operações no primeiro ano da empresa no território nacional.

As cinco marcas de bebida da Better Drinks somaram, juntas, pouco mais de R$ 50 milhões de faturamento em 2021. A expectativa dos sócios é de atingir um faturamento de R$ 1 bilhão em 5 anos.

“Nosso plano para 2022 já é dobrar o faturamento de 2021. Em janeiro deste ano, faturamos mais do que o dobro do mesmo mês no ano passado. Para atingir o objetivo de R$ 1 bilhão em cinco anos, nosso foco é a expansão geográfica de distribuição do nosso portfólio pelo Brasil”, disse Felipe Della Negra.

O executivo afirmou que a Better Drinks atualmente encontra-se nos principais markets places digitais do país, mas ainda tem capacidade para ampliar os pontos de venda em locais físicos.

Segundo ele, a empresa está atuando em mais de 5 mil pontos de venda, com pelo menos uma ou duas das cinco marcas.

“A presença da disponibilidade física é muito importante para definir o tamanho da categoria e das empresas. O consumo elástico do mercado de bebidas faz com que tenhamos que estar na loja de conveniência, nos supermercados e nos principais pontos de venda digital”, disse Felipe Szpigel ao CNN Brasil Business.

“Dentro da nossa estratégia, estamos desenhando a companhia para ser relevante nos dois mundos, no varejo normal e na construção do business online”, completou.

Apesar de marcar presença em 25 estados brasileiros, com a previsão de chegar a todos no primeiro trimestre do ano, os executivos afirmaram que o maior volume de entregas está voltado para as regiões de Rio de Janeiro e São Paulo.

Com o cenário de incertezas e baixo crescimento econômico do Brasil, somado aos cancelamentos de festas de carnaval e outros eventos por causa da variante Ômicron, Della Negra e Szpigel entendem que chegam ao país em um momento desafiador, mas propício para “investir nas coisas certas”.

“É um momento super desafiador, mas acreditamos tanto no futuro que estamos colocando nosso dinheiro em jogo porque acreditamos no Brasil. Achamos melhor crescer a nossa pizza do que ficar discutindo a divisão das fatias”, afirmou Szpigel, ao CNN Brasil Business.

O executivo disse também que o comércio online do setor de bebidas é importante durante este período de restrições, no qual as pessoas “tem mais opções para consumir melhor”.

Para ele, os maiores contratempos da empresa a curto prazo são os custos e o acesso à matéria-prima. “Nosso maior desafio neste primeiro dois anos serão os custos, as pressões de commodities, dificuldades de cadeias logística, acesso para insumos, como no caso do papelão e da garrafa de vidro”, disse.

Felipe Della Negra acredita que a junção de cinca marcas independentes contribui para a empresa ganhar escala e construir valor dentro do mercado nacional.

“Isso nos ajuda a ter um produto que entrega o que o consumidor está buscando e, com a construção de valor da empresa e mais escala, conseguimos lidar com essa pressão de custo”, afirmou.

FONTE: CNN Brasil



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