Postado em quarta-feira, 22 de dezembro de 2021 às 14:02

Alfenas tenta atrair cervejaria Heineken para instalação de unidade

A empresa anunciou a desistência de construir unidade em Pedro Leopoldo, atraindo interesse de outras cidades mineira.


 Alessandro Emergente

Alfenas é mais uma das cidades mineiras a entrar na disputa pela cervejaria Heineken. Um ofício [Clique aqui] foi encaminhado ao secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio de Avelar, manifestando interesse em abrigar uma unidade da fábrica de bebidas.

A empresa anunciou recentemente a sua desistência em instalar uma unidade em Pedro Leopoldo, na Grande BH. A decisão foi após a obra ter sido embargada pelo Justiça, que deferiu um pedido do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. O Instituto apontou a possibilidade de um grande impacto ambiental se a fábrica fosse construída no terreno pretendido.

Após o anúncio de desistência, várias cidades mineiras passaram a manifestar interesse em ser sede da nova unidade. A lista de municípios interessados inclui Juiz de Fora, na Zona da Mata, Pirapora, Janaúba e Buenópolis, no Norte de Minas, Itaúna, na região metropolitana, além de várias outras cidades. No Sul e Sudoeste de Minas, Três Corações, Passos e São Sebastião do Paraíso manifestaram intenção de receber a cervejaria.

Ofício ao secretário

Na última segunda-feira, 20, A Prefeitura de Alfenas manifestou o interesse ao encaminhar um ofício à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. O documento é assinado pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Ação Regional, Conrado Gomes de Souza.

Em nota à imprensa, a cervejaria informou, no início da semana, que não tem território definido para construção de sua nova fábrica, mas reafirmou o compromisso com o Estado de Minas Gerais. “A companhia está estudando outras áreas e, tão logo seja definido, anunciará o novo local em que será instalada sua cervejaria”, manifestou.

A construção da nova fábrica da cervejaria foi anunciada em dezembro do ano passado, com perspectiva de investimento de R$ 1,8 bilhão. Em agosto deste ano, a empresa recebeu autorização para iniciar as obras. Mas o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade entrou com uma ação contrária a instalação no terreno pretendido pela empresa.

A alegação, acatada pela Justiça, é que as informações apresentadas pela Heineken foram insuficientes para comprovar que não haverá impacto ambiental irreversível às cavidades da Lapa Vermelha.

No mês passado, o Ministério Público (MP) instaurou um inquérito civil para apurar se há possibilidade de impactos ao patrimônio cultural da região. Além disso, chegou a recomendar à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a suspensão da licença, o que não foi acatado.

A preocupação envolve o sistema hidrológico da região, além do temor em relação a impactos negativos e poluidores do sítio arqueológico. Próximo do local em que seria construída a fábrica foi descoberto o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo das Américas.



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