Inquérito instaurado pela Polícia Civil investiga acidente envolvendo PM e motoboy

 Da Redação

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um grave acidente envolvendo policial militar e um motoboy ocorrido na madrugada do último dia 15. O motociclista, que seguia pela avenida Lincoln Westin da Silveira, foi atingido por um carro conduzido por um policial que estava de folga e não parou no cruzamento. No veículo haviam outros dois PMs.

O motociclista Alexandre dos Santos Lopes, de 20 anos, ficou gravemente ferido. Ele chegou a ficar em coma, sofreu fraturas no braço e pernas, além de ter tido um pé amputado. Ele continua internado no Hospital Alzira Velano e deve passar por nova cirurgia.

O acidente foi no cruzamento da avenida Lincoln Westin da Silveira com a rua Alferes Domingos Vieira e Silva. O motociclista seguia pela avenida e foi atingido por um HB 20, conduzido pelo policial em formação, Moisés Junior Ferreira da Silva, de 27 anos.

O motorista não parou no cruzamento. Segundo a sua defesa, não havia sinalização indicativa de parada obrigatória no local e que o motorista está a pouco tempo na cidade e, por isso, desconhecia o fato de que a avenida é um local de grande fluxo de veículos.

Devido a correção na pavimentação, o local ficou sem a sinalização, o que só foi corrigido após o acidente. Porém, a Prefeitura de Alfenas divulgou a informação que, mesmo com a ausência de sinalização, o automóvel, que seguia pela rua Alferes Domingos Vieira e Silva, deveria ter parado no cruzamento.

Câmeras de segurança, próximas ao local, registraram o acidente e mostram o veículo aparentemente em alta velocidade, quando avança o cruzamento. O motociclista foi arremessado com o impacto e ficou desacordado ao receber os primeiros socorros. O motoboy voltava do trabalho quando aconteceu o acidente.

Suspeita de embriaguez

Nesta quinta-feira, a Polícia Civil confirmou para imprensa a abertura de um inquérito para apurar o caso. No boletim de ocorrência há o registro de que o policial havia admitido consumo de bebida alcoólica, porém essa informação foi contestada pela defesa do militar em entrevista à EPTV.

O policial teria se recursado ainda a ser submetido ao teste do etilômetro (bafômetro), que acusa o nível de álcool no sangue. De acordo com o delegado regional Márcio Bijalon, pela legislação o suspeito pode se recursar a realizar o teste, mas como consequência é multado.

Durante a investigação, a Polícia Civil deve ouvir os envolvidos, as testemunhas e levantar os locais anteriores que teriam sido frequentados pelo motorista que pode reforçar ou descartar a hipótese de embriaguez.

“Como (o suspeito) não foi apresentado na delegacia pela ausência de termo de constatação de embriaguez da PM, ausência de exame de etilômetro e relatório médico negativo de embriaguez, foi instaurado um IP (inquérito policial) para apurar os fatos em razão da gravidade do acidente e a informação constante no reds (Registro de ocorrência policial) de que o autor teria ingerido bebida alcoólica”, informou o delegado.