Postado em quinta-feira, 8 de abril de 2021 às 11:11

Doutoranda da Unifal participa de evento com vencedores do prêmio Nobel

A estudante de doutorado em Ciências Farmacêuticas, de Alfenas, é uma das duas selecionadas no estado de Minas Gerais.


Da Redação

A doutoranda Tássia Venga Mendes, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Unifal (Universidade Federal de Alfenas), é uma das estudantes selecionada para participar do Diálogo Nobel Brasil 2021.

A acadêmica foi selecionada entre 170 inscritos de todo país e integra o grupo de 40 estudantes de graduação e pós-graduação que participarão de uma sessão de perguntas e respostas com os ganhadores do Prêmio Nobel: May-Britt Moser (Nobel de Medicina, em 2014) e Serge Haroche (Nobel de Física, em 2012).

De Minas Gerais foram apenas duas selecionadas. Uma estudante da Universidade Federal de Uberlândia e a doutoranda da Unifal. A interação ocorreu durante o debate “O Valor da Ciência”, marcado para quinta-feira, 8 de abril, às 10h, com transmissão pelo Youtube.

Tássia Venga é doutoranda em Ciências Farmacêuticas e representa Minas Gerais na mesa com o nobelista Serge Haroche. (Foto: Tassia Venga/Arquivo Pessoal)


No evento, organizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a organização internacional Nobel Prize Outreach e apoiado pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), a doutoranda da Unifal participa da mesa-redonda com o nobelista Serge Haroche. “Estamos vivendo um momento de tantas dúvidas e falta de incentivo à ciência que é muito bom reafirmar, juntamente com um vencedor do prêmio Nobel, o quanto ela é importante”, destacou Tassia Venga antes de sua participação.

A iniciativa do Diálogo Nobel Brasil 2021 é “promover uma discussão sobre a importância da ciência para a sociedade e de políticas públicas baseadas no conhecimento científico” e, também, “inspirar” os estudantes brasileiros a buscarem carreiras científicas. “O que mais me motivou? Eu sinceramente não sei como não se motivar com a chance de falar com um laureado do prêmio Nobel. Como aluna de doutorado, a pesquisa é a minha vida, é o que eu amo fazer! Um pesquisador de nível tão alto como um vencedor do prêmio Nobel é para mim um ‘ídolo’, uma inspiração e poder escutar, conversar e estar tão perto de alguém que impactou a humanidade com ciência é uma honra”, explicou.

Trajetória acadêmica

Trajetória acadêmica da jovem pesquisadora até o doutorado foi pela Unifal. Ela é graduada em Farmácia com mestrado em Ciências Farmacêuticas com ênfase em análises toxicológicas. O único período ausente da Unifal foi para realização de estágio de doutorado sanduíche na Indiana University – Purdue University Indianapolis (IUPUI), nos Estados Unidos. O incentivo para participação no Diálogo Nobel Brasil 2021 veio da professora Vanessa Bergamin Boralli Marques, pró-reitora de pesquisa e pós-graduação. De acordo com a pró-reitora, a interação com cientistas renomados incentiva a carreira científica e mostra aos jovens pesquisadores que os “nobelistas” são pessoas que também começaram como eles, isto é, como estudantes.

“Ouvir casos de sucesso de pessoas que chegaram no mais ‘alto nível’ da ciência, faz com que eu acredite que eu também posso chegar lá. Isso irá me motivar a continuar produzindo ciência e ter ainda uma maior consciência de como isso impacta a nossa sociedade. Nós, pesquisadores, trabalhamos, assim como outras profissões, para resolver os problemas das pessoas. Quanto mais pessoas conseguirmos ajudar, melhor”, explicou Tassia Venga.

Questionada sobre o papel da ciência neste momento de pandemia, a jovem pesquisadora da Unifal é enfática: “Independente do atual momento em que vivemos, a ciência sempre foi importante para as nossas vidas”. Para ela, a pandemia mostrou o quanto é necessário valorizar a ciência e que, deixá-la de lado, é pagar um preço muito alto.

“Hoje, temos um pouco mais de visibilidade para as áreas de ciências da saúde. No entanto, muitas outras áreas científicas trabalham dia e noite para melhorar o mundo em que vivemos. Assim, cientistas têm trabalhado incessantemente para serem ágeis, para pensarem rápido e continuarem no papel que sempre lhes foi dado, mas muitas vezes negligenciado: o de contribuir para a humanidade e, muitas vezes, ajudar a salvar vidas”, finalizou.



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