Feira livre de Alfenas é tombada como patrimônio cultural

Da Redação

A tradicional Feira Livre de domingo em Alfenas, que atrai cerca de 20 mil pessoas a cada final de semana, agora é oficialmente patrimônio cultural imaterial. O processo de tombamento foi finalizado e anunciado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio de Alfenas (Comdepa).

O registro para o tombamento foi aberto em abril do ano passado em uma ação organizada pelo Comdepa e pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC). O processo de tombamento envolveu desde a coleta de dados até depoimentos e solicitações dos moradores.

São mais de 450 barracas que movimentam de 900 a 2 mil pessoas, com trabalho direto e indireto. São produtores e produtos de mais de 20 cidades da região. A Prefeitura calcula que quase R$ 50 mil são movimentados por final de semana.

Com o tombamento, a feira livre não poderá ser deslocada para outro local e nem modificar o seu formato, explica o prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT). “O maior desafio foi regularizar nossa feira, ter leis e diretrizes, que respaldam tanto a pessoa que está aqui trabalhando, tanto aqueles que queiram contribuir com a nossa feira”, disse Guilherme Fernandes Gomes, presidente da Associação das Feiras Livres, em entrevista à EPTV.

Origens da feira livre em Alfenas

Segundo informações da Prefeitura, a feira livre de Alfenas surgiu por volta de 1960. Sua importância e função durante esses anos sofreram modificações como mudança de local, quantidade de bancas de produtos e houve um processo de valorização com o tombamento como patrimônio cultural do município, colocação de banheiros químicos e som ambiente durante o período da feira, nos anos de 2010, 2011 e 2012 respectivamente.

A principal feira livre de Alfenas, que acontece aos domingos, teve início na metade do século passado. Já a feira livre das quartas-feiras começou na metade da década de 90.