Postado em quarta-feira, 29 de maio de 2019 às 16:04

Homem é condenado a 18 anos de prisão por matar esposa

Assassino asfixiou e cortou o pescoço da vítima; ele é irmão de Nadinho, morto dentro do presídio.


Alessandro Emergente

A Justiça condenou Júlio César da Silva, 37 anos, a 18 anos de prisão por ter assassinado a esposa em maio do ano passado. Os jurados acataram a acusação do Ministério Público (MP), validando a tese de feminicídio, além de outras três qualificadoras que caracterizam homicídio qualificado. O julgamento, por júri popular, foi na terça-feira (28).

De acordo com os autos do processo, o condenado estrangulou a esposa usando um cinto e, na sequência, cortou o pescoço da vítima com uma faca. O crime ocorreu na residência do casal, no bairro Santa Luzia, uma semana após o assassinato de Reginaldo Pereira da Silva (conhecido como Nadinho) dentro do presídio de Varginha.

Nadinho era irmão de Júlio César e apontado como um dos traficantes mais influentes de Alfenas. Os dois crimes, porém, não possuem relação. O assassinato de Debora dos Reis Ferreira, esposa de Júlio César, foi relacionado a ciúmes. O jurado, no entanto, considerou que o homicídio não foi influenciado pelo comportamento da vítima.

Júlio César foi condenado a 18 anos de prisão por assassinar a esposa (Foto: Arquivo/Reprodução AH)


A defesa tentou reduzir a pena alegando que ele agiu sobre influência de fortes emoções. Mas o júri acabou acatando todas as qualificadoras apontadas na acusação feita pelo promotor de Justiça Frederico Carvalho de Araújo, da 5ª Promotoria de Justiça, de que, além de feminicídio, o crime foi por motivo fútil com emprego de asfixia e sem chances de defesa por parte da vítima.

Dessa forma, a condenação foi fundamentada no § 2° do artigo 121 do Código Penal (incisos II, III, IV e VI). A condenação inicial foi de 17 anos, mas foi agravada em mais um ano por haver agravante de reincidência.

O condenado pode recorrer da sentença em 2ª instância, porém em “regime fechado”, de acordo com a determinação feita pela juíza Aila Figueiredo.

Tentativa de feminicídio em Serrania

Na semana passada, o júri condenou Adenis Bruno das Chagas a 14 anos de prisão pela tentativa de assassinato de uma jovem de 21 anos após o fim do relacionamento. O crime foi em março de 2017 em Serrania. Com uma faca, ele foi atrás da vítima esfaqueando-a.

A acusação, feita pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Alfenas, foi aceita pelo júri, que condenou o réu por tentativa de feminicídio agravada por motivo fútil e pela utilização de recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Adenis Chagas foi condenado por tentativa de feminicídio e é considerado de alta periculosidade (Foto: Arquivo/Reprodução)


Durante o julgamento, o júri identificou o réu como sendo uma pessoa de conduta violenta e voltada para práticas de delitos. Ele é acusado de matar à facadas a vítima Delcídio Sebastião em fevereiro deste ano.

Chagas é apontado como de alta periculosidade na sentença. Ele é acusado por trocar tiros com a polícia após uma tentativa de recapturá-lo, uma vez que passou a estar foragido após o homicídio ocorrido em fevereiro.



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