Postado em sexta-feira, 3 de maio de 2019 às 19:55

Primeiro Bannon, depois os generais

Na véspera do levante na Venezuela, chanceler brasileiro discutiu intervenção no país vizinho com guru da extrema direita dos EUA.


Da Revista Piauí

Depois de um dia de trabalho na Casa Branca, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, encerrou a segunda-feira passada, 29 de abril, a quatro quilômetros da sede do governo americano. No sobrado de três andares que usa como apoio em Washington, apelidado de embaixada, o estrategista americano Steve Bannon recebeu o chanceler brasileiro. O assunto discutido ao longo do dia se estendeu até a noite. A atuação do Brasil na crise da Venezuela precisaria ser cautelosa, advogou o americano.

Ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ideólogo da extrema direita em ascensão, Bannon fez ponderações à tese intervencionista insinuada por Araújo e por aquele com quem divide informalmente o título de chanceler, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. Em situações como a venezuelana, disse, pode ser mais fácil entrar do que sair. Seria um problema para o Brasil se uma eventual intervenção no país vizinho tivesse o mesmo destino que a americana no Afeganistão, comparou. Lá se foram dezoito anos, um trilhão de dólares e 2 300 soldados americanos mortos, com benefícios aquém dos esperados por Trump.

O ministro mencionou ações que estudava tomar para cooperar com o autoproclamado presidente Juan Guaidó a romper com a ditadura de Nicolás Maduro. Ele falou em ajuda logística, transporte de bens de consumo imprescindíveis, concessão de asilo a desertores venezuelanos e até mesmo uma iniciativa militar se a situação no país se deteriorasse muito rapidamente. Em fevereiro, o Itamaraty patrocinou uma ajuda humanitária, mas a ação não teve um bom desfecho. Caminhonetes com alimentos e medicamentos avançaram apenas alguns metros em solo venezuelano e então tiveram de recuar depois de um tumulto e bloqueio por ordem de Maduro.

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