Postado em terça-feira, 20 de setembro de 2016
às 13:20
À procura de solução, Mano herda falhas de Bento e Deivid no Cruzeiro
Problemas defensivos e de compactação vêm desde o início do ano; comentarista analisa o que a Raposa precisa corrigir para reagir e melhorar aproveitamento em casa
O ano do Cruzeiro começou com Deivid no cargo de treinador. O trabalho dele não agradou, e Paulo Bento o substituiu logo no começo do Campeonato Brasileiro. A passagem do português foi pior ainda, e Mano Menezes assumiu o cargo. Entretanto, com nenhum deles, o time celeste conseguiu ter a soberania e ser temido como mandante na temporada até o momento.
O desempenho em casa tem sido o fiel da balança da Raposa no Brasileiro. Foram 13 partidas com apenas três vitórias, cinco derrotas e cinco empates. O aproveitamento como mandante de apenas 35%, até agora na competição, prejudica a Raposa na luta para se afastar da zona de rebaixamento. Entretanto, o problema de atuar em casa vem se arrastando desde o Campeonato Mineiro e a Primeira Liga. O GloboEsporte.com ouviu Henrique Fernandes, comentarista do Sportv, para detalhar cada falha enfrentada pelo Cruzeiro, na temporada, atuando como mandante.
Com Deivid, o Cruzeiro iniciou a temporada. Sob o comando do jovem treinador, a equipe teve o melhor desempenho, mas encontrou também os adversários mais fracos, pois ele dirigiu o time no Campeonato Mineiro, além da fase de classificação da Primeira Liga. Foram nove jogos (cinco vitórias, três empates e uma derrota), com um aproveitamento de 66% aproximadamente. Porém, pesaram os tropeços diante da URT e América-MG, na primeira fase do Estadual, e a eliminação nas semifinais.
Em casa, Deivid não ganhou de equipes da Série A. Além de empatar com o Coelho, duas vezes,e perder para o Fluminense, o Cruzeiro superou o Atlético-PR, na Primeira Liga, em jogo que Deivid assistiu das arquibancadas. O auxiliar Pedrinho substituiu o treinador, que estava suspenso.
Para Henrique Fernandes, o grande problema da equipe eram as constantes modificações e a desorganização quando tinha a posse de bola.
- No caso do Deivid, as grandes dificuldades eram do desentrosamento das peças. O ex-treinador fez uma reformulação muito radical na equipe logo no início do ano, e o time sofria com o desentrosamento, principalmente nos jogos em casa, contra adversários que se fechavam e dificultavam a armação do jogo por parte dos meias e atacantes celestes. Com a falta de qualidade técnica dos jogadores dos clubes do interior, o Cruzeiro sofreu menos com o contra-ataque. Apesar disso, em alguns jogos, o Cruzeiro teve dificuldades, como na vitória apertada contra o Villa Nova (3 a 2) e principalmente na derrota para o Fluminense, um time mais organizado - exemplificou o comentarista.
Globo Esporte
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