Postado em sexta-feira, 22 de maio de 2015 às 08:42

Vendas de etanol disparam em Minas

Apesar da maior demanda, a situação das usinas instaladas no Estado continua crítica, já que os preços recebidos pelas mesmas estão abaixo do praticado no ano passado


Do Portal do Agronegócio
 
Após a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente sobre o etanol hidratado, de 19% para 14%, o que tornou o preço do combustível renovável mais competitivo frente ao da gasolina, a comercialização do produto em Minas Gerais vem batendo recordes. 
 
Segundo a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), as vendas de etanol estão em alta. Somente em março, mês que a redução do ICMS passou a valer a partir da segunda quinzena, a comercialização somou 105 milhões de litros de etanol hidratado, o que representou avanço de 101% frente a março de 2014 e de 26% sobre o volume comercializado em fevereiro. Para abril, que ainda não teve os números fechados, a expectativa da Siamig é atingir um volume de 150 milhões de litros, o que se alcançado será um recorde histórico para o Estado.
 
"Após a redução do ICMS os preços do etanol hidratado ficaram mais competitivos que os da gasolina e, com isso, estamos registrando consumo cada vez maior. Em abril chegamos até mesmo a identificar dificuldades das distribuidoras em entregar o etanol aos postos de combustível, isso pela forte demanda que causou dificuldade na hora de acertar a entrega. Também percebemos que a estrutura dos postos que comercializam etanol ainda é pequena no Estado, mas devido à boa perspectiva de negócios, vem ocorrendo uma mudança do panorama, com vários postos migrando a estrutura de outro combustível para etanol", explica o presidente Siamig, Mário Campos.
 
Preços
 
Apesar da forte demanda pelo combustível renovável, as usinas ainda não foram beneficiadas. Isso porque os preços pagos pelo etanol estão em baixa. De acordo com Campos, o valor pago ao produtor pelo litro de etanol está em média R$ 1,23, sem impostos, preço 8,9% inferior ao praticado em igual período do ano passado.
 
"Toda esta forte demanda ainda não refletiu em rentabilidade para o produtor. O que percebemos é que, em muitos casos, o etanol teria condição de estar ainda mais barato para o consumidor. Tanto os postos quanto as distribuidoras tiveram as margens elevadas com a comercialização do etanol durante o período, mas as usinas não conseguiram preços melhores. A situação é complicada, pelo fato de algumas estarem com dificuldade financeiras e necessitam vender o combustível para quitar dívidas. Além disso, o período de safra também pressiona os preços.  necessário que o produtor ganhe mais, para manter a produção e a oferta em crescimento para atender a demanda", avalia Campos.

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