Postado em segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
às 08:51
Abastecimento de água pode entrar em colapso no Sul de Minas
Copasa diz que pelo menos 11 cidades estão em situação de escassez. Defesa Civil de Minas colocou 26 localidades em estado de emergência.
Do Sul de Minas
Pelo menos 11 cidades do Sul de Minas atendidas pela Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais (Copasa) estão sob risco de sofrerem um colapso no abastecimento de água. O levantamento foi divulgado pela concessionária nesta sexta-feira (23), um dia depois de admitir que o Estado vive uma crise hídrica, e medidas de restrição de consumo podem ser tomadas. Já a Coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais informou que 26 municípios da região estão em estado de emergência e já adotam medidas de economia para evitar uma crise no abastecimento de água. O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí apontou ainda outras três cidades com necessidade de intervenção imediata para evitar uma crise.
As cidades atendidas pela companhia que estão em alerta máximo de desabastecimento na região são Campanha (MG), Campos Gerais (MG), Candeias (MG), Cristais (MG), Itamonte (MG), Lavras (MG), São José da Barra (MG) e São Tiago (MG).
São Gonçalo do Sapucaí (MG), Nazareno (MG) e Divisa Nova (MG) são apontadas pela Copasa como locais com problemas de abastecimento. Nesses municípios a captação já ultrapassou o limite do manancial.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí também divulgou um comunicado urgente em sua página na internet neste sábado (24) informando que, no trecho abrangido pela bacia, as cidades de Cachoeira de Minas (MG), Piranguçu (MG) e Piranguinho (MG) integram a lista dos locais onde há necessidade de intervenções imediatas.
Estado de emergência
Já a Coordenadoria de Estado de Defesa Civil de Minas Gerais publicou nesta sexta-feira (23) um decreto de emergência, que considera também localidades onde o serviço de abastecimento de água é autônomo. O decreto aponta que 11 municípios sulmineiros estão em estado de alerta, 14 enfrentam racionamento e um já adotou o sistema de rodízio.
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) deve apresentar na próxima semana uma análise da situação hídrica em Minas Gerais e pode autorizar aumento de tarifas de consumo e criação de multas.
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