Postado em quarta-feira, 29 de outubro de 2014
às 09:29
Com maior espaço no varejo brasileiro, suco de laranja estimula novas apostas
Decrescente desde o início da década passada no mercado internacional, a demanda por suco de laranja integral, sem adição de água ou açúcar, continua a dar sinais de que tem potencial para crescer no Brasil
Do Portal do Agronegócio
Apesar de ainda enfrentar na arraigada "cultura do espremedor" e nos preços mais elevados que o de bebidas concorrentes fortes barreiras no país, o suco de laranja pronto para beber, sob o apelo da praticidade, lentamente conquista consumidores em grandes capitais e no interior de São Paulo, Estado que abriga o maior parque citrícola do planeta.
De olho nesse potencial, a Cooperativa dos Agropecuários Solidários de Itápolis (Coagrosol), um dos municípios que lideram a produção paulista de laranjas, é o mais recente exemplo de um grupo de porte ainda pequeno que começou a explorar esse mercado ou passou a direcionar uma parte maior da oferta de suco integral ao varejo doméstico. Na semana passada, lançou a marca Direto da Fruta em um supermercado da rede gaúcha Zaffari na capital de São Paulo e já espera que as vendas no país superem as exportações pela primeira vez desde sua fundação, em 2000.
Reginaldo Vicentim, vice-presidente da Coagrosol, lembra que, quando seu pai e outros 34 produtores criaram a cooperativa, o foco era única e exclusivamente o mercado externo. Nos últimos anos, em virtude da lei que obriga prefeituras a adquirirem parte de suas compras de alimentos de agricultores familiares, o mercado interno começou a ganhar importância. E agora, com vendas no varejo, o front doméstico conquistou um status mais estratégico.
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