Homem conhecido como Diabo Loiro aparece em Formiga e causa temor em moradores

 Alessandro Emergente

Uma figura bem conhecida da população alfenense foi notícia na imprensa de Formiga essa semana. A simples presença do homem, conhecido como “Diabo Loiro”, causou temor nos moradores e rapidamente a informação se espalhou pelo aplicativo WhatsAp.

Pedro Paulo de Oliveira, 53 anos, é suspeito de matar um lavrador em Conceição da Aparecida em março deste ano. Ele chegou a ficar preso em uma cadeia da comarca de Carmo do Rio Claro, que abrange Conceição da Aparecida, onde ocorreu o crime. Mas, no início de setembro, Oliveira conseguiu o relaxamento da prisão preventiva.  

Em liberdade, “Diabo Loiro”, que também é conhecido como “Carneiro”, voltou a causar medo nas cidades onde circula, principalmente em mulheres. No último dia 19, ele foi conduzido para Delegacia de Alfenas após ser acusado de ameaça e perturbação em um bar próximo ao Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV). Uma semana depois, foi detido pela Polícia Militar em Carmo do Rio Claro para averiguação.

Por onde passa, o homem causa receio e, segundo informações extraoficiais, chega a importunar mulheres que passam pela rua. Sem acusação formal e sem mandado de prisão expedido pela Justiça, a Polícia fica de “mãos atadas”, segundo uma fonte da área de segurança pública, que teme pelo risco que representa a presença do “Diabo Loiro” nas ruas. 

Em Formiga, “Diabo Loiro”, que é natural de Alfenas, acabou virando notícia em um site da cidade, o “Últimas Notícias”, após a repercussão sobre a sua presença no município. Segundo a assessoria de comunicação da 13ª Companhia Independente à imprensa de Formiga, a PM acompanhou “por diversas vezes” o homem até o Terminal Rodoviário e o colocou em ônibus para cidades da região, mas ele sempre voltava para Formiga.

Histórico

Além da suspeita de assassinato, “Diabo Loiro” responde a outros nove processos, entre eles uma acusação de estupro que tramita na 1ª Vara Criminal de Alfenas. O homem também responde a acusações de contravenções penais e, em dois processos, por crimes contra os costumes por gestos obscenos. Em 2009, foi preso pela PM, suspeito de “importunação ofensiva ao pudor”. O homem teria passado às mãos nos seios de uma mulher. Na época, a prática ainda não era enquadrada como estupro, o que foi alterado posteriormente.  

Dois anos depois, em 2011, “Carneiro” foi preso porque teria agarrado uma outra vítima e passado a mão em seus seios e genitálias. Em 2012, foi conduzido até a Depol (Delegaica de Polícia) após ser suspeito de atacar as pessoas no Restaurante Popular.