Postado em segunda-feira, 1 de setembro de 2014
às 15:07
Volta às aulas reacende polêmica sobre a Lei do Silêncio, sancionada recentemente
Vizinhos de repúblicas avisam estudantes sobre a nova e rigorosa da Lei municipal.
Da reportagem
Com a volta às aulas na Unifal (Universidade Federal de Alfenas), moradores das proximidades da universidade estão avisando os estudantes que vão cobrar o cumprimento da nova e rígida Lei municipal, sancionada no mês passado. A lei prevê multas de até R$ 6 mil e a interdição, por um ano, do imóvel nos quais forem realizados festas e eventos fora do horário permitido.
Os moradores se dizem cansados de conviver com o constante barulho “que se arrasta noite adentro” e estão vendo na nova lei uma esperança de noites mais tranquilas e avisam: não vão deixar de cobrá-la. Por isso, eles estão imprimindo cópias da Lei Municipal n˚ 4.526/2014 e colocando em baixo das portas das repúblicas para orientar os estudantes sobre a legislação.
A nova lei não se restringe às repúblicas, mas essas casas alugadas por estudantes são as grandes responsáveis pelo excessivo número de boletins de ocorrências, registrados na cidade por perturbação do sossego.
O comerciante José Ferreira Bastos, que há mais de oito anos convive com o barulho de festas de repúblicas, é um dos que está disposto a ir onde for preciso para ver valer a Lei. Ele tem guardado mais de 20 BOs, assinados por ele e por outros vizinhos, registrados contra cinco repúblicas que passaram por duas casas vizinhas a sua residência. Segundo os documentos, os estudantes demoram a atender os policiais, que relatam a impossibilidade de acabar com festa devido o grande número de pessoas presentes no local.
O comerciante José Ferreira reclama do abuso nas festas e mostra uma série de BOs de vizinhos
Além disso, José Ferreira também reúne provas como fotos e ingressos com o valor cobrado para entrar nos eventos. “Quero ver a lei funcionar. Será um alívio para quem, como eu, tem que acordar às 5 horas da manhã. Além disso, na vizinhança tem idosos e crianças e ninguém é obrigado a passar a noite em claro para que alguns façam bagunça”, declara.
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