Postado em terça-feira, 5 de junho de 2012 às 21:42

MEC anuncia autorização para início do curso de medicina

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou a ampliação de mais 2.415 vagas para cursos de medicina até o final de 2013.


Alessandro Emergente

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou, no final da tarde desta terça-feira (5), a ampliação de mais 2.415 vagas para cursos de medicina em todo o País até o final de 2013. O documento inclui a criação das primeiras 60 vagas do curso de medicina da Unifal (Universidade Federal de Alfenas).

De acordo com o reitor Paulo Márcio Faria e Silva, o anuncio feito pelo ministro indica a autorização do Ministério da Educação (MEC) e, a partir de agora, inicia-se o processo de negociação junto ao Governo Federal para a implantação. O processo inclui a autorização para contratação de professores e recursos de infraestrutura.

Segundo o reitor, alguns laboratórios, utilizados por outros cursos da área da saúde na instituição, servirão para os alunos de medicina. Há uma parceria firmada com o Hospital Santa Casa (HSC) que será utilizado como hospital de ensino.

Implantação

O processo de ampliação das vagas começa a partir do segundo semestre deste ano, parte deles em instituições privadas. Em universidades públicas federais, a expansão da oferta do ensino de medicina prevê a abertura de 1.615 vagas, sendo 1.040 em 18 novos cursos em 12 estados.

Segundo o MEC, até o final de 2013 todas as vagas já devem estar implantadas. O ministro ressaltou que a abertura de novas vagas seguiu critérios específicos, como a disponibilidade de uma rede hospitalar que possa acompanhar a formação do médico, além do chamado índice de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), que deve ser de cinco para cada profissional em formação.

Foto: Fabiana Carvalho

Ao lado do secretário de Educação Superior do MEC, Amaro Lins, e do secretário de regulação e supervisão da Educação Superior, Jorge Messias, o ministro Mercadante explicou sobre a expansão

O ministro informou que serão contratados 1.618 professores e 868 técnicos administrativos. Com 1,8 médicos para cada mil habitantes, o Brasil tem, proporcionalmente, pequeno número de profissionais nessa área, quando comparado a outros países da América Latina.

A média de vizinhos como Argentina e Uruguai chega a 3,1 e a 3,7 médicos por mil habitantes, respectivamente. Alguns países europeus contam, proporcionalmente, com o dobro de médicos. É o caso da França (3,5), Alemanha (3,6), Portugal (3,9) e Espanha (4,0).

“Temos uma oferta de médicos insuficiente para atender a sociedade brasileira”, ressaltou Mercadante, ao citar dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Polêmica no Passado

Em dezembro de 2009 o Conselho Superior da Unifal aprovou o projeto do curso de medicina e seu envio ao MEC em meio a muita polêmica. O auditório Leão de Faria, onde se iniciou a votação, ficou lotado. Manifestantes, mobilizados pelo PT, pediam a aprovação do curso. 

Fotos: Arquivo/Henrique Higino e Alessandro Emergente

Aprovação do curso de medicina no Conselho Superior foi marcada por votação polêmica

Na época, o então prefeito Pompilio Canavez (PT) e o então vice-prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) compareceram a reunião manifestando apoio a criação do curso. Outdoors e faixas pela cidade, além de carros de som mobilizando a população, foram estratégias de pressão ao Conselho que aprovou o projeto por 19 a cinco. 

A reunião, que começou no auditório Leão de Faria, só terminou em uma sala do PCA (Pavilhão Central de Aulas) com as portas fechadas. O então reitor Antônio Martins da Siqueira interrompeu a reunião no auditório após o vereador Antônio Anchieta de Brito (Cheta/PT) e o professor Ronaldo Mincato, do Instituto Ciência da Natureza, se estranharem e por pouco não se agrediram fisicamente. Os dois integravam o Conselho Superior.

Em reação, os demais conselheiros pediram a saída de Cheta do Conselho Superior e encaminharam documento à Câmara Municipal – a qual o vereador era um dos representantes - pedindo a sua substituição. 



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