Postado em quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Projeto propõe cessão de servidores da Câmara para prefeitura

Um projeto de lei cria um programa de cessão voluntária de servidores do Legislativo em favor da prefeitura.


Alessandro Emergente

Um projeto de lei, que já tramita na Câmara Municipal de Alfenas, propõe a regulamentação de um programa de cessão voluntária de servidores do Legislativo em favor da prefeitura.

A medida seria uma saída encontrada pela administração municipal para suprir o quadro de funcionários sem gerar novas despesas. Isto porque um termo de ajustamento de conduta, firmado com o Ministério Público do Trabalho, impede a contratação de temporários e exige a realização de concursos públicos para preenchimento das vagas.

Plano de Carreira

A própria presidência da Câmara Municipal entende que o número de servidores no Legislativo é elevado e está disposta a ceder servidores para o Executivo. Há, inclusive, em análise um novo plano de carreira para a Câmara que, na expectativa da presidência, deve ser levado ao plenário ainda em fevereiro.

O Ibam (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) foi contratado em 2009 para fazer um estudo técnico do plano de carreira em vigor e possíveis mudanças. Este estudo já foi concluído e com base nele foi elaborado um projeto.

Há praticamente um consenso entre os vereadores sobre a necessidade de alteração do atual plano de carreira, uma vez que caso permaneça o atual a situação financeira da Casa pode ser comprometida no futuro. Hoje já existem funcionários atingindo salários de R$ 14 mil e R$ 10 mil para uma jornada inferior a 8 horas diárias.

Administrando a Crise

Por outro lado, a administração municipal tem alegado dificuldades devido a uma queda na receita e adotou como um dos procedimentos para minimizar a crise financeira a negociação dos contratos com fornecedores para poder saldar todos os compromissos.

“Em virtude de estarmos impossibilitados de contratar profissionais de forma temporária (...) a cessão de servidores da Câmara Municipal seria uma alternativa viável para suprir nossas carências até a efetiva realização de concurso público para provimento de cargos permanentes na estrutura do Poder Executivo”, sustenta o prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) na justificativa do projeto de lei que começou a tramitar na Câmara na última segunda-feira (23).

Pedido de Urgência

A proposição chegou a ser apresentada com pedido de regime de urgência, o que foi rejeitado pelos vereadores. A decisão em plenário foi por unanimidade.

Os parlamentares foram convencidos pela argumentação do vereador José Batista Neto (PMDB), presidente da Comissão de Constituição, Legislação, Justiça e Redação Final (CCLJRF), que alegou dúvidas quanto a iniciativa do projeto de lei. Disse que normalmente este tipo de proposição tem sido apresentada pelo Legislativo e não pelo Executivo e, por isso, haveria a necessidade de uma análise jurídica.

Crítico dos regimes de urgências, o vereador Hesse Luiz Pereira (PSDB) reforçou o “coro” contra a urgência. Classificou os pedidos como uma “onda crescente” que tem entendido como excessiva.



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