Vereador defende discussão sobre aumento de vereadores

Alessandro Emergente

O número de cadeiras de vereadores para a próxima eleição deve ser debatido. Esta foi a posição defendida pelo 2º secretário da Mesa Diretora da Câmara, Sander Simaglio (PV), na noite desta segunda-feira na sessão legislativa da Casa. Em plenário, três projetos de lei e um de resolução foram aprovados.

Sander defendeu que é preciso haver um debate e um posicionamento sobre o assunto. O prazo para que os parlamentares aprovem uma alteração na Lei Orgânica do Município termina dia 30 de setembro. E caso o assunto não entre em pauta o número de vagas aumentará de 10 para 15. Uma explosão de 50% no número de cadeiras.

A estratégia para aumentar o número de vagas foi revelada pelo Alfenas Hoje no início de agosto. Para os vereadores favoráveis ao aumento quanto menos se falar no assunto melhor, pois evitaria um possível desgaste político.

Recentemente, o presidente da Câmara Municipal, Vagner Morais (Guinho/PT), disse que a tendência é que a Lei Orgânica não seja alterada, o que aumentaria as vagas para a próxima eleição.

Até mesmo Sander disse já não saber se mantém a posição inicial, revelada a imprensa, de manter o número de 10 vagas ou aumentar para no máximo 11. No entanto, afirmou que o debate público tem que existir. “Não estou defendendo 10 ou 15, mas o debate”, declarou.

Movimentos

O movimento contrário ao aumento que iniciou nas rede sociais também foi lembrado. Sander disse acreditar que o líder do movimento, Waldemilson Gustavo Bassoto - por ter pretensões eleitorais no ano que vem -, desistiu de manter seu posicionamento. “Esse movimento está quase morto se já não morreu”, declarou.

No final de julho, poucos dias antes do término do recesso parlamentar, Bassoto disse que o movimento passaria a frequentar as sessões da Câmara pressionando os vereadores para que não aumentasse o número de vagas. Isto não aconteceu. Na página de Bassoto no facebook o assunto também não voltou a ser comentado.

Na avaliação do vereador do PV, se prevalecer – para a próxima legislatura - a fixação dos salários dos vereadores em 40% dos subsídios dos deputados estaduais, o que chegaria a R$ 8 mil mensais, a folha de pagamento vai ficar “sufocada”. “E pode ficar sem ter como pagar até o 13º salário dos vereadores”, comentou.

Em Plenário

Nas votações em plenário os vereadores aprovaram, em 2º turno, o projeto de lei que autoriza a doação de um terreno, no Distrito Industrial, a empresa Grão de Ouro Armazéns Gerais que terá um prazo de 2 anos para concluir a ampliação de sua unidade.

A empresa atua no ramo de comercialização, industrialização e armazenamento de grãos. A área doada tem 3.108,30 m² e foi avaliada em R$ 68,5 mil.

Dois projetos foram aprovados em primeiro turno. Um cria as Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) a fim de promover regularização fundiária no município. O Outro abre crédito adicional suplementar de R$ 446 mil. O recurso será utilizado na manutenção das atividades da Secretaria de Educação. A fonte de anulação é variada e inclui até recursos previstos para reforma do Náutico Clube.

Um outro projeto – neste caso de resolução - aprovado é o que estabelece o uso de uniformes para os funcionários da Câmara Municipal.