Professores mantêm greve e dizem não se intimidarem

Da Redação

Os professores da rede estadual mantêm a greve iniciada no dia 8 de junho e não há previsão de retorno as salas de aulas. Nesta sexta-feira, professores substitutos para o terceiro ano do 2º grau começaram a ser contratados.

De acordo com o diretor estadual do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) em Alfenas, Alexandre Flausino, a contratação de professores substitutos não “esvaziará a greve”. Diz que a medida não tem “nenhum efeito” em relação a disposição dos professores em continuarem a paralisação.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) autorizou a contratação em Minas Gerais de 3 mil professores para o 3º ano do ensino médio. A autorização para a contratação temporária tem como objetivo evitar mais prejuízos para os alunos que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 22 e 23 de outubro.

Em Alfenas, Flausino, que é diretor eleito da Escola Estadual Judith Viana, diz que um professor substituto foi contratado na escola.

Segundo o representante do Sind-Ute, duas escolas permanecem paralisadas: Judith Viana e Emílio da Silveira (Estadual). Em outras, a paralisação é parcial: no 1º e 3 º turno da Napoleão Salles e parte de professores da Samuel Engel.

Flausino critica o governo e diz que o mesmo tem adotado uma posição contrária aos princípios democráticos que inclui o direito a greve. As negociações entre sindicato e governo estão suspensas e o Sind-Ute pediu a intervenção do Ministério Público.

A principal reivindicação dos professores é o aumento dos salários. A categoria reivindica que o governo cumpra o piso nacional de R$ 1.597,87, correspondente a 40 horas, para a carga semanal definida em cada estado. Em Minas, a jornada é de 24 horas. A SES alega que o piso já é cumprido, mas inclui na conta bonificações e adicionais.