Postado em domingo, 27 de junho de 2010

Acusado de furto é preso e pede ajuda para ser internado

“Pelo amor de Deus, eu preciso de ajuda. Eu quero ser internado”. O apelo desesperado é de Marcelo Silva, 34 anos, mais conhecido como “zóio de gato”.


Da Reportagem

“Pelo amor de Deus, eu preciso de ajuda. Eu quero ser internado”. O apelo desesperado é de Marcelo Silva, 34 anos, mais conhecido como “Marcelinho zóio de gato”. Ele foi preso neste sábado depois de furtar vários objetos de uma residência no bairro Jardim das Oliveiras.

“Zóio de gato” é conhecido no meio policial pelo envolvimento em furtos. Em fevereiro de 2009 e janeiro deste ano, o rapaz foi detido acusado de invadir residências para furtar.

Desta vez, “Zóio de gato” foi detido quando caminhava com uma sacola cheia de objetos furtados. Entres os produtos estavam um aparelho de DVD, celular, roupas e até uma boneca.

Acusado de furto quer se livrar do crack e pede para ser internado

“Zóio de gato” disse que pretendia trocar os materiais em crack. Admitiu que furta para manter o vício na droga. “Tenho usado até 15 pedras por dia. Quero sair dessa vida, mas não consigo“, disse o rapaz.

Cada pedra de crack é vendida em Alfenas por R$ 10. A “destruição” na vida do rapaz não é apenas financeira. A saúde começa a cobrar o preço pelo consumo da droga. “Sinto dores pelo corpo”, desabafou, enquanto levantava a camisa e mostrava o físico desnutrido pelo consumo de crack.

O rapaz é o retrato da realidade cada vez mais presente em muitos lares. A reportagem esteve na casa de parentes de “zóio de gato”. Uma sobrinha disse que a família sofre, há cinco anos, com a situação de “Marcelinho zóio de gato”.

Nesses cinco anos, ele só conseguiu ficar longe do crack durante seis meses, quando ficou acamado por problemas na perna devido um acidente. A família conta que o rapaz é humilhado na rua e chega a apanhar sem motivos quando saí de casa. Atualmente ele reside, sozinho, em um porão.

“Meu tio não é uma má pessoa. Ele precisa de ajuda”, disse a sobrinha, lembrando que a família não tem condições de pagar uma clínica de recuperação. “Nem se alimentando ele está”, disse a moça, referindo-se a preferência dele pela droga.

O interesse em ser internado parte não só dos familiares, mas também do próprio Marcelo. Além do apelo feito logo após a prisão, o rapaz contou que já pediu ajuda no Fórum, durante audiências. “Já pedi para a juíza me internar, mas eles não fazem nada”, reclamou.



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