Postado em sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pré-candidato, Pimentel vem a Alfenas e defende choque social

O pré-candidato ao Governo de Minas pelo PT, Fernando Pimentel, defendeu, em visita a Alfenas, um “choque social” ao referir-se ao choque de gestão do Governo Aécio.


Alessandro Emergente

O pré-candidato ao Governo de Minas pelo PT, Fernando Pimentel, defendeu, em visita a Alfenas, um “choque social” ao mencionar um dos lemas do governo de Aécio Neves: o “choque de gestão”. A frase foi durante uma palestra na Câmara Municipal de Alfenas, promovida pela Alago(Associacão dos Municipios do Lago de Furnas), realizada para falar sobre a “Perspectiva do Desenvolvimento de Minas Gerais”.

O petista e economista Fernando Pimentel falou sobre a crise financeira mundial

Pimentel chegou no final da manhã em Alfenas e cumpriu uma agenda politica em ritmo de campanha. O ex-prefeito de Belo Horizonte trava uma disputa interna no PT com o ministro Patrus Anananias (Desenvolvimento Social e Combate a Fome) pela vaga de candidate do partido ao Governo de Minas.

Pimentel admitiu afinidade de pensamento com o atual governador mineiro em “vários aspectos”, mas afastou a possibilidade de aliança política para a eleição de 2010. Disse que os dois partidos (PSDB e PT) seguem rumos diferentes na politica nacional.

Ao comentar sobre o governo de Aecio Neves, reconheceu avanços, mas disse que esta aquém dos obtidos pelo País e defendeu a diversificação da base produtiva. “Minas pode avançar mais porque Minas ficou um pouco aquém dos avanços do país”, afirmou.

O encontro também contou com a participação de liderenças estaduais do PT. Entre elas o presidente estadual do PT, o deputado federal Reginaldo Lopes e o deputado estadual Wellington Prado.

Pompilio

Prado defendeu o nome do prefeito de Alfenas, Pompilio Canavez (PT), como candidato a deputado. Disse que a cidade carece de um nome.

Pompilio disse que caberá ao “povo de Alfenas” - a quem fará uma consulta -
decidir se ele deverá ser candidato. Em outubro, ao ser reeleito, Pompilio negou a possibilidade ser candidato em 2010.

Crise Financeira

Ex-professor no Departamento de Ciências Econômicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Pimentel discorreu sobre a crise financeira mundial. Disse que a recessão mundial teve origem no sistema de crédito estadunidense, especificamente no imobiliário.

Pimentel disse que a concessão de financiamento sem garantia real - ou seja, por meio de derivativos – provocou um efeito em cadeia no sistema financeiro dos Estados Unidos, atingindo outros países. “(A crise) Saiu da esfera financeira e atingiu a produtiva dos países”, explicou.

Na avaliação de Pimentel, dois aspectos possibilitaram a minimização do impacto da crise financeira mundial na economia brasileira. Um é o sistema financeiro estatal, onde dois terços do volume de créditos estão com os bancos estatais. “O mercado de crédito tem como garantidor o próprio governo”, observou.

Outro aspecto, na análise de Pimentel, é a política econômica “correta”. Disse que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci enfrentou criticas ao estabelecer uma política econômica preparando o País para futuras turbulências. “Estamos (hoje) atravessando um cenário turbulento, mas com muita segurança”, disse.

Pimentel citou avanços da economia brasileira como a estabilização do câmbio, a redução das dívidas interna e externa e uma política de distribuição de renda. Citou números para embasar sua exposição como a redução da divida interna de 56% do PIB (Produto Interno Bruto), no inicio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, para 37%. Outro aspecto numérico citado foi o aumento do salário mínimo de US$ 60 para US$ 200 no mesmo período.

Outras lideranças também estiveram presentes e integraram a mesa. Entre eles o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, os prefeitos Jose Luiz Figueiredo (Divisa Nova) e Jean Carlo Prado (Fama), além das vereadoras Neuzinha Santos (Belo Horizonte) e Mariana Rocha (presidente da Câmara de Campo do Meio).



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