Postado em quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Polícia Civil prende dono de posto de gasolina e motorista

Uma operação policial, desencadeada na noite de ontem, pela Polícia Civil, prendeu duas pessoas em um posto de combustível por receptação e crime fiscal


Henrique Higino

Uma operação policial, desencadeada na noite de ontem, pelos Delegados Rafael de Souza Horácio e Hudson Brandão e pelo Regional João Simões de Almeida Junior, prendeu duas pessoas por receptação e crime fiscal.

Com a prisão dos dois suspeitos, a Polícia Civil descobriu um esquema com álcool (combustível) que lesava os cofres públicos de Minas Gerais e ainda comprometia a mecânica dos automóveis que usavam este produto.

O motorista Manoel Elias da Silva, 53 anos, e o empresário José Mezete de Paula, 46 anos, foram presos em flagrante quando descarregavam 10 mil litros de álcool em um posto de combustível da avenida Jovino Fernandes Salles, no Bairro Jardim Boa Esperança.

Mezete é o proprietário do posto de gasolina Alfenense. Em 2002, ele foi acusado de receptação e em 2006 por “produto alterado”.

Com prisão de ontem, Mezete pode responder novamente por receptação e crime fiscal. Ele e o motorista permanecem detidos no presídio de Alfenas.

O Esquema

O caminhão onde o combustível era transportado permanece apreendido no pátio da 19ª Delegacia Regional de Polícia Civil. O álcool saiu da Usina Monte Alegre com destino a Paulínia, interior de São Paulo. A venda do produto seria para aquela cidade, onde o imposto teria que ser pago em São Paulo e o combustível receberia novos aditivos para, só então, ser distribuído em postos de gasolina.

Acontece, que mesmo com a mercadoria tendo como destino a cidade de Paulínia, com as notas fiscal emitidas para aquela cidade paulista, o álcool seguiu direto para Alfenas sem pagar imposto. Pior, em Paulínia, o álcool receberia aditivos que ajudam no desempenho do automóvel e o trazido para Alfenas pode não possuir estes complementos o que torna o combustível de qualidade inferior. A perícia irá apontar se há elementos faltando no álcool.

Segundo a Polícia, a retirada do produto na Usina Monte Alegre está correta. O empresário pagou o imposto na usina, mas não pagou em Paulínia e seguiu para Alfenas sem antes passar pela distribuidora Paulista

Não se sabe ainda quantas viagens deste tipo foram feitas, mas o Delegado Regional João Simões acredita que o Estado de Minas de Gerais teve um prejuízo de aproximadamente R$ 2 mil por caminhão.

Para o delegado, a distribuidora de Paulínia “provavelmente é de fachada ou conivente” com o esquema. A investigação está em andamento.

Justificativa

Quando a Polícia Civil chegou ao posto de gasolina, os empresário e o caminhoneiro já haviam descarregado sete mil litros no tanque do posto. Outros três mil litros ainda estavam dentro do caminhão.

Apesar do flagrante, o empresário justificou aos delegados Rafael Horário e Hudson Brandão que o caminhão com a carga “apenas estavam guardada no posto” e que pretendia levar em Paulínia, pagar a nota, para depois descarregar em Alfenas. A bomba de combustível do posto de gasolina permanece lacrada.

Em Tempo

Por volta das 15h30min desta quinta-feira, a Polícia Civil retornou ao posto de combustível e retirou mais álcool para novas análises. O delegado Hudson Brandão informo que comunicou a ANP (Agência Nacional de Petróleo) sobre o que aconteceu. “Passamos as informações para a ANP para que tomem as providências legais”, disse o Delegado. 

Nesta tarde, Polícia Civil retornou ao Auto Posto Alfenense



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