Postado em quarta-feira, 15 de agosto de 2018 às 08:08

Como conseguir trabalho em 15 passos com princípios universais que o candidato deve observar

Apesar de,no contexto nacional, ser um facto que a taxa de desemprego diminuiu e que a situação é hoje melhor...


 Apesar de, no contexto nacional, ser um facto que a taxa de desemprego diminuiu e que a situação é hoje melhor, sobretudo quando comparada com os piores anos da crise, quem procura trabalho enfrenta sempre desafios.

Mesmo tendo em conta as especificidades da área em que procura, há princípios universais que qualquer candidato deve observar.

Fique atento:

– Oriente-se na Internet:
existem plataformas quase universais para procurar emprego na internet, e a vantagem é que são grátis. Boa parte delas têm aplicações para smartphone, que lhe permitem criar alertas e notificações de novas ofertas. Inscreva-se em várias, mantenha o CV e os seus dados actualizados e arranje um método para as consultar de forma organizada. Pode também estabelecer algumas palavras-chave para pesquisa, por forma a segmentar a informação. Há demasiada informação online e ver tudo fará com se disperse, se canse e perca o foco.

– Não dispare para todo o lado: pode parecer uma boa estratégia no imediato, mas escolher um emprego simplesmente porque foi o que conseguiu pode trazer problemas rapidamente. Perceba bem o seu percurso, o que gostaria ou poderia fazer e o que o motiva. Pense se aceita um part-time ou apenas emprego a tempo inteiro; se pondera sair da zona de residência ou do país; se pretende procurar ofertas com base nos salários oferecidos; quais os seus pontos fortes e os seus pontos fracos (em termos de competências ou tarefas). Estes são apenas alguns dos pontos que o podem ajudar a perceber qual é o seu objectivo e a definir parâmetros de selecção para as ofertas. Quanto melhor souber o que quer, mais direccionada será a sua procura e maior a probabilidade de encontrar emprego mais rápido. Pense também na possibilidade de iniciar um trabalho como freelancer ou de se dedicar a obter formação em determinada área, por exemplo. Como sabemos “que a realidade é real”, caso tenha de fazer a primeira coisa que apareça, pense de imediato em continuar a procurar afincadamente. Uma coisa é certa: dedicar algum tempo ao autoconhecimento pode poupar-lhe meses e até anos de esforços mal direccionados.

– Mantenha a rede de contactos viva: essencial para arranjar trabalho é, na era das redes sociais, manter a rede de contactos actualizada, o chamado networking. Isto aplica-se sobretudo à rede de contactos alargada, que depende da fase da carreira mas implica colegas de escola/faculdade/formações; colegas e ex-colegas de trabalho; contactos feitos em contexto profissional; etc. Quanto mais for presente em redes como o Linkedin, mais será notado e algum contacto poderá daí advir.

– Siga as empresas que lhe interessam: conhecendo bem o meio onde se posiciona e onde quer trabalhar, é mais fácil reunir as empresas dentro das quais o seu perfil cabe. Siga-as nas redes sociais, atente ao que publicam e, quando possível, adicione os seus responsáveis de recursos humanos nas redes profissionais. Se for possível envie candidaturas espontâneas. Adeque o tipo de comunicação aos valores e à comunicação da empresa a que se candidata. Sem ser demasiado informal, para algumas não deve ser demasiado sério.

– Conheça bem a empresa e a vaga a que se candidata: é evidente, mas às vezes alguns pormenores ajudam a marcar a diferença. Se um candidato se revela muito bem informado, seguramente se destacará numa entrevista ou até numa simples mensagem de Linkedin que acompanha um CV.

– Tenha um currículo adequado e actualizado: clareza e criatividade (numas áreas mais essencial que noutras) são atributos para um bom CV. Ser original pode ser, apenas, ter um design apelativo e saber o que deve ser salientado. Segundo alguns recrutadores, se numa página conseguir ter os seus contactos, um pequeno resumo do que faz e da experiência profissional e académica, evidenciando as suas mais valias, é tudo o que precisa. Às vezes um currículo original, mas com confusão de cor e mal organizado pode não ser o ideal. Tenha também atenção a outras qualidades, as chamadas soft skills (resiliência, bom trabalho em equipa, atitude positiva e pró-activa, gestão do tempo, capacidade de comunicação ou potencial de aprendizagem), que possam ajudá-lo a conseguir o lugar. Há muitos artigos que explicam como fazer um bom CV. Consulte vários.

– Tenha pronta toda a documentação: tudo quando são certificados de formação, cartas de recomendação, portfolios profissionais, cartas de apresentação, etc, deve estar previamente reunido numa pasta e actualizado. Não é no prazo limite de entrega de candidatura ou na véspera da entrevista que vai tratar de tudo.

– Escreva uma carta de apresentação:
escreva uma carta generalista, elaborada segundo as regras que são bem conhecidas. Embora tenha depois de fazer algumas cartas adaptadas a candidaturas específicas, a base já lhe serve para fazer as adaptações em pouco tempo.

– Mantenha o ritmo e o entusiasmo: nem sempre é fácil, mas é uma regra de ouro. Mesmo que as coisas não corram pelo melhor, o seu empenho, resiliência e atitude é muitas vezes essencial para encontrar o que procura e para não desanimar. Não se culpe por não estar 12 horas por dia a mandar candidaturas. Faça um pouco todos os dias ou quase e direccione-se para as áreas/empresas certas. Acredite em si, mesmo nas piores alturas. Pode parecer um lugar comum, mas não é. Isso transparece depois em todos os contactos e entrevistas que possa fazer.

– Conheça as suas vantagens e seja confiante: se questionado, demonstre inteligência emocional ao ter consciência das suas qualidades e dos seus defeitos para um empregador. Não use uma argumentação infantil. Todos os trabalhadores têm áreas a desenvolver/melhorar e só lhe fica bem ter boa consciência de si. Tudo com bom senso, claro está. Não precisa de falar dos seus 5 pontos fracos…fale só de um ou dois.

– Vá a entrevistas e prepare-as bem: sempre que o chamem, mesmo que a vaga não esteja no topo das suas preferências, vá. O hábito de ir a entrevistas dá-lhe ‘calo’ e faz com que fique mais à vontade e que conheça as perguntas-tipo dos recrutadores. O facto de se sentir tranquilo dá sempre uma enorme vantagem a quem se candidata. Nomeadamente para não responder “ao lado” ou ter grandes hesitações apenas por estar ansioso.

– Seja aberto a negociar:
se lhe fizerem uma proposta séria, demonstre interesse, atitude colaborativa e tente negociar o que lhe for possível.

– Participe em eventos de emprego e junte-se a empresas de recrutamento nas redes sociais: quanto mais interage e conversa com outras pessoas, mais aumenta a probabilidade de ter oportunidades. Falar directamente pelo Linkedin com profissionais e recrutadores é uma forma de criar essas conexões, mas participar em conferências, eventos ou feiras de recrutamento/empreendedorismo pode render um número muito maior de interacções e contactos. Participar em grupos das grandes empresas de recrutamento e selecção é também fundamental. Em muitas destas empresas pode também registar o CV e receber ofertas via e-mail. Não se esqueça ainda de seguir e participar em sites ou grupos de redes sociais (no Facebook há muitos) só virados para o nicho profissional que lhe interessa.

– Faça formação e junte-se a associações: a formação ao longo da vida é essencial e uma ferramenta para se actualizar e continuar a ser relevante no mercado de trabalho. Há alturas em que pagar formação não é viável… mas não desista. Para além de formações baratas, nomeadamente em regime e-learning, há programas de formação gratuitos para quem procura emprego (veja as oportunidades do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP); do IAPMEI e outros) e até formação paga. Mesmo que não encontre nada de técnico na área a que concorre, aprender ou melhorar uma língua, dominar um programa informático ou aprender bases de gestão para criar um negócio aplica-se a muitas áreas. E se se aventurar a fazer uma formação que nunca pensou? Arrisque! Pode ser uma ponte para novas oportunidades. Por outro lado, tente sempre juntar-se às associações da sua área profissional, a novos grupos que promovam a interacção entre profissionais e a gabinetes que nas juntas de freguesia e autarquias promovam o emprego e as empresas.

– Cuidado com a imagem pública: é sabido que erros graves na interacção pública em redes sociais já custaram o emprego a muita gente. Não se esqueça de tudo o que está na rede é público, não se trata só da sua vida privada com os seus amigos. Portanto tenha cuidado: há muitos casos de empresas que desistiram da contratação de um profissional por causa de um comentário, brincadeira ou foto inadequada. Proteja a sua privacidade e não se exponha em demasia.





Fonte:Empregopelomundo



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