Postado em quarta-feira, 27 de junho de 2018 às 08:08

Como lidar com a dificuldade de conseguir o primeiro emprego e a falta de experiência

Aliado a isso, soma-se ainda as exigências cada vez maiores das empresas contratantes...


  Se engana muito quem acredita que a juventude é um período apenas de alegrias e conquistas. Quando o assunto é o primeiro emprego, o jovem tem enfrentado grandes desafios. A crise financeira fez com que as vagas diminuíssem, deixando a situação ainda pior.

De acordo com um levantamento do IBGE, o desemprego entre os jovens de 16 a 29 anos, atingiu a casa dos 16% em 2015. E olha que essa é uma geração com muitas competências e com bom nível de escolaridade.

Apesar de serem tecnicamente capacitados, os jovens têm até 70% menos chances de conseguir um emprego, se comparado aos trabalhadores com mais idade e, consequentemente, com mais experiência.

Aliás, a falta de experiência ainda é o motivo principal que impede o jovem de conseguir seu primeiro emprego. Aliado a isso, soma-se ainda as exigências cada vez maiores das empresas contratantes e o aumento no número de profissionais preparados disponíveis no mercado. Por isso, o desafio do jovem é ainda maior quando o seu grau de instrução diminui.

Estudos revelam que em todo o mundo, quase metade dos desempregados é jovem. Segundo a diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e Caribe, Elisabeth Tinoco, “o desemprego juvenil é elevado, mas é a ponta do iceberg do problema de falta de oportunidades para iniciantes da vida profissional”.

Trata-se de um ciclo: as empresas se recusam a contratar o jovem sem experiência e a dificuldade de ingressar no mercado, torna mais difícil a oportunidade dele adquirir esse know-how.

Para alguns especialistas na área, essa resistência das organizações em contratarem jovens, também está relacionada à questão comportamental, que pode eliminá-los na hora das entrevistas, logo no início do processo seletivo. Muitos não sabem dizer o que realmente esperam de uma carreira e mostram pouco interesse em aprender. Por isso, as empresas acabam considerando mais as informações curriculares, que as potencialidades do candidato mais jovem.

O estágio, que aparecia como uma porta de entrada para o mercado, também teve suas vagas reduzidas, colocando o jovem numa desvantagem ainda maior. Esse despreparo para ocupar uma vaga de emprego é visto, por muitos consultores, como uma falha no próprio sistema de educação, que aqui no Brasil, não prepara o jovem para a vida profissional nem para as imposições do mercado de trabalho.

Apesar dessa geração ter muitas habilidades nas áreas de tecnologia e comunicação, não existe, por parte da empresas e nem dos governos, uma política para preparar o jovem para exercer essas e outras profissões. Investir em treinamento de novos profissionais pode ser positivo para o empregador e para quem quer ter a oportunidade do primeiro emprego.

O ideal, para muitos pesquisadores, é que nos processos seletivos pudessem ser identificadas as capacidades do jovem e assim ser possível analisar se seus valores combinam com os princípios da empresa, justificando uma contratação para treinamento específico.

As dificuldades são muitas, mas ainda assim é preciso persistir, dizem os consultores de carreira. Algumas formações podem ajudar a compensar a falta de experiência, como cursos de capacitação e fluência em uma segunda língua, de preferência, o inglês.

Na entrevista é interessante deixar claro que apesar dos desafios, você não quer perder aquela oportunidade. Mostre então, disponibilidade e vontade de aprender. O aprendizado pode ser o início de uma carreira de sucesso e essa postura pode impressionar o entrevistador.













Fonte: blog.hyper



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