Postado em terça-feira, 22 de maio de 2018 às 09:09

Incontinência: o fantasma de um transtorno social

Ao todo, 400 milhões pessoas do mundo apresentam algum tipo de problema, o que equivaleria ao 3º. maior país em termos de população...


 Aproveitei minha conversa com o médico urologista Archimedes Nardozza Jr., sobre reposição de testosterona para os homens, para tratar de uma outra questão que afeta principalmente os idosos: a perda involuntária de urina e a incontinência urinária.

O doutor Nardozza, professor afiliado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, reconhece o impacto negativo na vida das pessoas: “acima dos 65 anos, de 30% a 60% dos indivíduos apresentam algum tipo de problema, que representa um transtorno social”.


Acima dos 65 anos, de 30% a 60% dos indivíduos apresentam algum tipo de problema relacionado à incontinência (Foto:

Ele explica que a incontinência está associada a um esforço, como rir, espirrar, levantar peso ou tossir, quando a musculatura do assoalho pélvico não consegue reter a urina. Há ainda a perda involuntária de urina e a chamada urgência – aquela vontade incontrolável que às vezes acaba em vexame, porque não dá tempo de segurar o xixi.

“A disfunção miccional abrange diversas queixas. Muitas estão relacionadas com o envelhecimento, até porque a bexiga fica mais flácida. Entre os homens mais velhos, é comum o gotejamento, que é uma forma de perda de urina”, afirma, acrescentando que os medicamentos disponíveis são bastante eficientes.

Aumento da próstata, obesidade e diabetes são fatores de risco, assim como a gravidez, que sobrecarrega o corpo da mulher e pode levar a um quadro de incontinência.

Nesse caso, há tratamentos como fisioterapia perineal e até a cirurgia de sling, que introduz uma fita cirúrgica, por via vaginal, que dá sustentação à uretra. Os homens também podem se beneficiar com exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.

Um dos grandes temas do 7º. Fórum Global de Incontinência, que foi realizado em Roma mês passado, foi como investir em estratégias para garantir uma vida digna dos pacientes – muitos sem recursos ou em elevado grau de dependência.

Ao todo, 400 milhões pessoas do mundo apresentam algum tipo de incontinência, o que equivaleria ao terceiro maior país em termos de população, perdendo apenas para China e Índia. Dentro do mercado global de higiene, o segmento de produtos voltado para esse contingente movimenta 10.5 bilhões de dólares (quase 40 bilhões de reais).

Mudanças no estilo de vida podem melhorar os prognósticos na velhice. A primeira é manter o peso, porque carregar quilos a mais é sinônimo de pressão em cima da bexiga. Outra é combater as prisões de ventre recorrentes, que causam maior desgaste nos músculos. E para quem ainda fuma: além do cigarro aumentar o risco de câncer de bexiga, a tosse causada pelo vício agrava a incontinência.








Fonte: G1.globo



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