Postado em terça-feira, 8 de maio de 2018 às 08:08

Neoliberalismo, uma bomba armada para os países

Financeira, militar, ecológica e social, as bombas produzidas pelos países desenvolvidos estão prontas para estourar.


Da Carta Capital

 

Discípulo fervoroso do neoliberalismo extremado, em especial a partir de 2016, o Brasil está vulnerável às piores consequências da crise cada vez mais grave do modelo instalado pelo Consenso de Washington na década de 1990.

Um número crescente de analistas alerta para o esgotamento da fórmula composta de regras de estabilização macroeconômica, abertura comercial e financeira, expansão das forças do mercado e privatização, um dia considerada indispensável ao bem-estar do mundo, até porque não haveria alternativa segundo a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

Em que pese os avanços do PIB e do comércio mundiais em 2018, vários especialistas de reputação mundial não veem a médio e a longo prazo perspectivas de consolidação de um crescimento sustentável com demanda e investimento firmes e redução da desigualdade.

O Brasil, com mercado interno aberto sem restrições às importações e aos investimentos estrangeiros, em meio ao avanço mundial do protecionismo, base produtiva e de recursos minerais e energéticos em processo de desnacionalização, economia reprimarizada e endividamento privado elevado, oferece hoje liberdade e oportunidades sem paralelo para produtos e capital estrangeiros, enquanto rifa em simultâneo o seu próprio futuro. As consequências, sabe-se, recairão com grande intensidade sobre a parcela mais frágil da população desempregada, subempregada, ou nem isso.

Na raiz do ceticismo quanto à possibilidade de uma retomada consistente da economia mundial está um endividamento público e privado colossal, segundo o Fundo Monetário Internacional, que na quarta-feira 18 alertou: “A dívida global atingiu recorde histórico e os governos devem começar a reduzi-la já”.


Em 2016 o FMI contabilizou 164 trilhões de dólares e a situação das economias avançadas em termos de nível de endividamento em comparação ao PIB é pior que a dos países de baixa renda. O valor corresponde a 225% do PIB mundial, segundo informou a publicação Fiscal Monitor da instituição na edição de abril, um acréscimo de 12 pontos porcentuais em relação ao recorde anterior de 2009 logo após a eclosão da crise financeira mundial.

“Essas constatações e o ciclo de negócios significam que os governos deveriam construir ‘amortecedores’ e cortar a dívida pública para enfrentar “desafios que virão inevitavelmente no futuro”, alertou Vitor Gaspar, diretor do departamento de assuntos fiscais do FMI. A superação do impasse é mais complexa e arriscada, entretanto, do que sugere a recomendação do Fundo, asseguram vários economistas.

 

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