Postado em quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
às 10:10
Empresa com sede em Alfenas é investigada pela Polícia Federal
A empresa, com sede no centro da cidade, é investigada por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público em Cabo Frio, no RJ.
Da Redação
Uma empresa, com sede em Alfenas, está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) sob a suspeita de integrar um esquema de corrupção em Cabo Frio, no interior do Rio de Janeiro. Essa semana, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Prime Serviços Terceirizadas, localizada no centro de Alfenas.
A investigação aponta a existência de um esquema para o desvio de dinheiro com contratos ilícitos que envolviam serviços de limpeza em Cabo Frio. A Prime teria sido contratada sem licitação para fazer a varrição das ruas e a coleta de lixo. A Comsercaf, autarquia responsável pelo recolhimento e tratamento do lixo no município, oficializou a contratação em caráter de emergência para justificar a ausência de licitação.
Os empresários Bruno Toledo e Pablo Angel Santos Rodrigues são os proprietários da Prime, mas no contrato com a empresa é representada por outra pessoa: Kleizer Pablo Alves. Na sociedade aparece também Duan Gonçalo, que reside em Portugal e, por ordem judicial, deverá retornar ao país no prazo de 30 dias. A 1ª Vara Criminal de Cabo Frio já determinou a prisão preventiva de Toledo e Rodrigues.
Para a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Prime não dispunha de capacidade técnica para executar os serviços, tanto que contratou funcionários, máquinas e demais equipamentos. O Gaeco é um grupo especializado do MP/RJ.
De acordo com o jornal O Dia, a Justiça determinou a indisponibilidade dos bens com o bloqueio “on line” de valores acima de R$ 5 mil e até de R$ 50 mil nas contas da Prime, de todos os denunciados e das empresas em que Toledo e Rodrigues são sócios.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido essa semana em Alfenas na sede da empresa, na rua Pedro da Silveira. Foram apreendidos documentos e computadores que serão periciados. O capital social da empresa é de R$ 3,6 milhões.
Agentes da Polícia Federal ao saírem de Macaé para participar da operação na manhã de terça-feira (Foto: Inter TV/Renan Gouvêa)
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