Postado em segunda-feira, 6 de novembro de 2017 às 08:34

Minas tem potencial para mais selos UTZ


Os cafeicultores de Minas Gerais estão buscando, cada vez mais, pelas certificações do grão, o que é importante para a conquista de novos mercados no mundo. No Estado, a parceria firmada entre o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a organização holandesa UTZ tem despertado o interesse dos produtores e a tendência é de que, até o final do ano, cerca de 100 propriedades cafeeiras recebam o selo da UTZ. A conquista se deve ao reconhecimento, por parte da certificadora holandesa, da equivalência das exigências do Programa Certifica Minas Café (CMC) com as regras para a obtenção do selo UTZ.

No programa estadual, o cafeicultor precisa adaptar as propriedades para atendimento de 28 normas obrigatórias em cinco áreas: lavoura, rastreabilidade, responsabilidade ambiental e social, capacitação e gestão da propriedade.

De acordo com o diretor-geral do IMA, Marcílio de Sousa Magalhães, o selo UTZ é uma das certificações mais reconhecidas mundialmente e atesta que as propriedades atendem a parâmetros sociais, garantia de trabalho remunerado, respeito ao meio ambiente e a adoção de boas práticas de fabricação.

“A UTZ reconheceu que a certificação do Sistema de Agricultura de Minas Gerais, feita pela Emater e pelo IMA, possui as mesmas características e qualidades da certificação deles. Então houve uma equivalência, de forma que, hoje, as propriedades da agricultura familiar certificadas pelo IMA podem receber o selo da UTZ sem novas auditorias ou custos. As fazendas de maior porte e que possuem a certificação estadual também podem requerer o selo e a taxa cobrada custa cerca de 20% do valor praticado fora da parceria. É uma certificação internacional que abre mercados”.

Ainda segundo o representante do IMA, os cafeicultores que já possuem o selo do Certifica Minas Café podem requerer o selo da UTZ a qualquer momento. A demanda é crescente e a expectativa é encerrar 2017 com cerca de 100 propriedades certificadas pela UTZ.

Magalhães destaca que o grande ganho da certificação é na gestão da propriedade, na agregação de valor no ponto de vista ambiental e da responsabilidade social. Em Minas Gerias já são mais de 50 propriedades com o selo UTZ.

Valor agregado – “Este é o primeiro ano em que a equivalência está valendo. No Estado temos 1,2 mil propriedades certificadas pelo IMA e que podem solicitar a certificação UTZ. O número de unidades com os dois selos tende a aumentar porque os produtores ainda não conheciam a certificação da UTZ. A adesão é voluntária e precisa ser requerida pelos cafeicultores já certificados. O processo é contínuo e o produtor pode solicitar a qualquer momento o selo UTZ”.

Ao atestar as boas práticas de produção, a certificação agrega valor ao café, garantindo melhores renda e condições para os cafeicultores continuarem a investir em melhorias.

“Hoje o café vem aumentando o status de alimento gourmet e estamos recebendo diversas missões internacionais. Os compradores vêm em busca de cafés de qualidade e certificados que garantam as boas práticas de produção, o uso correto de produtos químicos, a não utilização de mão de obra escrava e a adoção de práticas que não agridam o meio ambiente. São outras qualidades que se agregam ao café”, explicou Magalhães.

 

Fonte: CCCMG



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