Postado em sexta-feira, 13 de outubro de 2017 às 09:09

Diretoria do Atlético acerta nas contas, mas erra no campo.

aniel Nepomuceno conseguiu sanear as dívidas do Atlético e deu pontapé inicial para a construção do estádio próprio. Mas não conseguiu montar um time que desse alegria à Massa...


Dois títulos estaduais, seis treinadores diferentes e 26 contratações, várias delas questionadas pela torcida. Prevista para se encerrar em dezembro, com a escolha do novo presidente para o triênio 2018-2020, a gestão de Daniel Nepomuceno no Atlético foi marcada por uma série de erros no futebol e méritos na questão administrativa. Atual secretário de desenvolvimento da Prefeitura de Belo Horizonte, o atual mandatário optou por não disputar a reeleição e indicará a chapa encabeçada pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo, Sérgio Sette Câmara, para sucedê-lo.

Apesar da falta de resultados em campo, Daniel Nepomuceno termina o mandato de forma positiva em outros aspectos. A maior delas foi o projeto do estádio próprio do clube, com custos estimados em R$ 460 milhões, recursos garantido com a venda de metade do Shopping DiamondMall ao Grupo Multiplan (R$ 250 milhões). O projeto foi aprovado no mês passado pelo Conselho e será encaminhado para votação e discussão na Câmara dos Vereadores no dia 18. As obras estão previstas para começar em 2018 e a inauguração do estádio será em outubro de 2020.

O presidente também conseguiu resolver a questão dos bloqueios fiscais pela União, e o Galo foi o primeiro clube no país a aderir ao Refis (programa de refinanciamento das dívidas). Os recursos da transferência do atacante Bernard para o Shakhtar Donetsk foram usados para abater a dívida, o que permite ao clube ficar sem pagar suas parcelas nos próximos cinco anos e meio.

Outra conquista do dirigente foi a ampliação da receita financeira. Em três anos, a arrecadação do clube cresceu quase 100% e em 2016 ultrapassou os R$ 300 milhões. Os números foram possíveis graças à ampliação do Galo na Veia, antecipação das cotas de TV e negociação de atletas que se destacaram recentemente, como o zagueiro Jemerson e o lateral-esquerdo Douglas Santos. Ainda sem ser divulgada, a receita de 2017 deve acompanhar o crescimento no período.

Desafios

A nova gestão terá o desafio de levar o clube de novo ao rumo dos títulos de expressão, algo que Nepomuceno não conseguiu. Apesar da classificação por cinco anos consecutivos à Libertadores – a equipe ainda vive a expectativa de se classificar à competição em 2018, via Campeonato Brasileiro –, os resultados em campo não foram animadores. O Galo também fracassou na tentativa de levar os bicampeonatos do Brasileiro e da Copa do Brasil.

Mas não foi somente a falta de títulos que aumentou a pressão da torcida durante a administração do presidente. No período, a mudança constante de treinadores e a falta de tempo para um trabalho mais consolidado prejudicaram os resultados em campo. Em apenas três anos, técnicos de diferentes filosofias passaram pela Cidade do Galo: Levir Culpi (2015), Diego Aguirre e Marcelo Oliveira (2016), Roger Machado, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira (2017). As modificações no comando sempre ocorreram depois de crises técnicas e pressão da torcida.

A aposta errada em jogadores badalados se tornou um tormento nos últimos anos. Somente com Robinho e Fred, que deram apenas um título mineiro ao Galo, o investimento girou em torno de R$ 30 milhões em duas temporadas com resultados ruins. Outros jogadores que renderam pouco, apesar do alto valor gasto, foram o volante Elias e o atacante Clayton, que chegou a ser emprestado ao Corinthians e voltou à Cidade do Galo – juntos, ambos custaram R$ 20 milhões aos cofres alvinegros.

Fonte: Super Esportes Atlético



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