Postado em quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Luz no fim do túnel? Coincidências com 2013 são alento para o Galo em 2017

No ano mais glorioso da história do Atlético-MG, eliminação na Copa do Brasil foi para o Botafogo, título mineiro sobre o Cruzeiro, e a Libertadores foi conquistada


O momento do Atlético-MG não é dos melhores. O time vem jogando mal em casa, não consegue uma sequência de vitórias, briga na segunda metade da tabela do Brasileirão e foi eliminado recentemente da Copa do Brasil. Quando a fase não é boa, a inspiração precisa vir de algo além dos placares recentes. Algumas coincidências com 2013, ano mais glorioso do clube - com título da Libertadores - podem ser, justamente, essa inspiração. Não entendeu nada ainda, né? A gente explica.

Título mineiro sobre o rival

Em 2013, o time comandado por Cuca enfrentou o arquirrival Cruzeiro na decisão estadual. No primeiro jogo, no Independência, vitória por 3 a 0 e troféu encaminhado. Na volta, no Mineirão, triunfo cruzeirense por 2 a 1, que não foi suficiente. O gol de pênalti, marcado por Ronaldinho Gaúcho, confirmou o título do Galo. Em 2017, o time de Roger Machado jogou primeiro no Mineirão e segurou um empate por 0 a 0. A volta foi no Horto, e o Galo jogava por um empate, já que fez melhor campanha na primeira fase. Não precisou contar com o regulamento e venceu, por 2 a 1, ficando com a 44ª taça do Campeonato Mineiro de sua história. Robinho e Elias marcaram naquela partida. Primeira coincidência: "check".

Primeiro lugar geral na Libertadores

No ano em que o Galo conquistou a América, os jogos mais memoráveis, certamente, são os das fases finais. Mas as partidas da primeira fase, contra São Paulo, Arsenal de Sarandí e The Strongest também foram importantíssimos para a conquista. Neles, o Galo somou incríveis 15 pontos - em 18 disputados - e conseguiu a primeira posição geral da fase de grupos da Libertadores. A campanha deu o benefício ao Galo de decidir todos os confrontos de mata-mata em casa, o que foi decisivo para o título. Em 2017, filme repetido. O Galo não fez de novo os incríveis 15 pontos, mas conseguiu 13, contou com tropeços de outras equipes e ficou, mais uma vez, com o primeiro lugar geral na competição internacional. Em todos os duelos de mata-mata, caso vá até a final, o Atlético-MG vai decidir em casa.

Além disso, também na fase de grupos, o Galo bateu o mesmo adversário duas vezes, em casa e fora, pelo mesmo placar, e com goleadas: 5 a 2 sobre o Arsenal de Sarandí, em 2013, e 5 a 1 sobre o Sport Boys-BOL, em 2017. Segunda coincidência: "check".

Eliminação na Copa do Brasil

O ano de 2013 foi marcado pela glória na Libertadores, mas não dá para ganhar tudo, né? Naquela temporada, o Galo foi eliminado da Copa do Brasil nas oitavas de final. Neste ano, a eliminação veio nas quartas de final. Cadê a coincidência? Está no adversário. Nas duas temporadas, o algoz do Alvinegro no torneio foi outro alvinegro: o Botafogo. Em 2013, o time da estrela solitária venceu no Maracanã, por 4 a 2, e empatou no Independência, por 2 a 2: Galo eliminado. Em 2017. o time de Roger Machado até venceu o jogo da ida, no Horto, por 1 a 0. Na volta, já com Rogério Micale no comando, o Atlético-MG foi derrotado por 3 a 0, no Nilton Santos. Terceira coincidência: "check".

Primeiro turno do Brasileirão

Na temporadas 2013, o Atlético-MG, naturalmente, estava completamente focado na Taça Libertadores. Também por isso, a primeira metade do Brasileirão do time de Cuca não foi muito boa. Na ocasião, nas primeiras 19 rodadas, o Galo somou 25 pontos e brigava por posições no meio da tabela. Conquistou apenas seis vitórias no turno. Em 2017, também com seis vitórias, o Atlético-MG fechou a primeira metade da competição com 23 pontos, na 14ª posição. Quarta coincidência: "check".

Primeiro clássico do ano

Além das principais, já listadas, outras coincidências aparecem entre as duas temporadas. Em 2013, o Galo perdeu o primeiro clássico do ano, contra o Cruzeiro, com torcida dividida, por 2 a 1, pelo Campeonato Mineiro, na reabertura do Mineirão antes da Copa do Mundo de 2014. Em 2017, o time atleticano também foi derrotado para o rival, em jogo com as duas torcidas dividindo o Mineirão, por 1 a 0, pela Primeira Liga. Quinta coincidência: "check".

Volante "alemão"

Em 2013, após a fase de grupos, a diretoria do Atlético-MG contratou o volante Josué, com passagem pela Seleção, que estava no Wolfsburg. Ele foi importante em jogos de mata-mata, como no duelo com o Newell´s Old Boys, na Argentina, no jogo de ida da semifinal, e na decisão, contra o Olimpia-PAR. Já em 2017, o Galo trouxe também de terras alemãs um brasileiro: Roger Bernardo, que estava no Ingolstadt. O volante não tem o mesmo currículo de Josué, mas também pode ser útil ao time. Sexta coincidência: "check".

Sétima coincidência

A sétima semelhança com 2013 é aquela que todo atleticano quer. Naquele ano, Cuca, Victor, Leonardo Silva, Ronaldinho, Bernard, Tardelli e companhia levaram o Atlético-MG ao tão sonhado título da Libertadores da América. Em 2017, o time é outro - com alguns remanescentes -, o comandante também mudou, e a pressão, em função do mau momento, é maior. Ainda assim, o Galo segue vivo no torneio. Para permanecer com chances de título, precisa de qualquer maneira da vitória contra o Jorge Wilstermann, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília). No primeiro jogo, vitória boliviana por 1 a 0. Qualquer triunfo por dois gols de diferença dá a classificação ao Galo. Vitória alvinegra pelo placar mínimo leva o duelo para os pênaltis.

Leonardo Silva e Victor, campeões em 2013, querem usar os momentos de glória como inspiração para a classificação no Mineirão.

- Acho que pode nos ajudar muito, lembrar de tudo que passamos. Muito trabalho. A gente olha para trás e vê que o caminho foi construído com muito suor, muita luta, garra, dificuldade. Houve superação. No momento que estamos vivendo, a superação tem que entrar em campo, ser vivida, para que tudo possa se tornar bonito e diferente. Uma grande vitória, grande classificação mudará o rumo para que a gente possa ter grandes conquistas novamente. - disse o zagueiro.

- Toda glória serve como motivação e referência. Eu e o Léo (Silva) fizemos parte de um passado recente de grandes conquistas, isso que temos que tentar resgatar. Puxar grandes jogos, grandes batalhas, para trazer energias positivas para conseguirmos a classificação. Vejo a equipe muito motivada. A gente sabe da importância desse jogo, importância que ganhou esse jogo. A Libertadores passou a ser o nosso grande foco de conquista. Todo mundo está ciente da responsabilidade desse jogo. Todo mundo motivado. - completou o goleiro.

 

 

Fonte: Globo Esporte



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