Postado em quarta-feira, 28 de setembro de 2016 às 13:20

Trigo: Preços podem aliviar prejuízos

A estiagem severa registrada em Minas Gerais, ao longo de abril, aliada à concorrência com o milho e o feijão...


Do FAEMG

A estiagem severa registrada em Minas Gerais, ao longo de abril, aliada à concorrência com o milho e o feijão, interferiram na produção de trigo no Estado, que deve recuar entre 30% e 35% em relação ao ano passado. Com a demanda aquecida, menor oferta e o País ser dependente das importações do cereal, os preços pagos pelo trigo ficaram em patamares rentáveis e cobriram parte dos prejuízos provocados pela seca. Para o próximo ano, a tendência é de ampliação do plantio.

Minas Gerais é o terceiro maior produtor de trigo do País, atrás somente do Paraná - que produz 3,3 milhões de toneladas - e Rio Grande do Sul, com produção de 2,1 milhões de toneladas de trigo. Os principais municípios produtores do Estado estão no Alto Paranaíba (Ibiá, Perdizes e Santa Juliana), na região Central (Madre de Deus) e no Sul de Minas (Três Corações). A produção mineira responde por apenas 3% do volume colhido no Brasil.

De acordo com o vice-presidente da Atriemg (Associação dos Triticultores do Estado de Minas Gerais), Eduardo Elias Abrahin, o plantio da cultura foi muito prejudicado pela falta de chuvas. Quem plantou o cereal em abril também registrou prejuízos devido às altas temperaturas. As chuvas na região só foram registradas a partir de maio.

“A produção de trigo em Minas Gerais vinha apresentando crescimento, mas pela escassez de chuvas ficou menor em 2016. Tanto as áreas irrigadas como as de sequeiro sofreram com a falta de água. Muitos produtores que tinham sementes e pretendiam investir na cultura suspenderam os planos em função da escassez hídrica”.

Outro fator apontado para a safra menor foi a concorrência com outros produtos, como o milho e o feijão, que em meados de abril apresentaram valores recordes e atraíram os produtores que antes investiam no trigo.

“Muitos produtores que possuem pivôs decidiram investir no milho e no feijão pela maior retorno financeiro proporcionado por estes produtos, que estavam com a oferta pequena e a demanda grande, o que manteria os preços mais valorizados que os do trigo”.

A colheita da safra mineira de trigo já está praticamente concluída. A estimativa da Atriemg é que a produção varie entre 180 mil e 200 mil toneladas, o que significa uma retração entre 30% e 35% em relação ao volume registrado no ano anterior.

Segundo os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), houve uma redução na área plantada da ordem de 8,8%, caindo dos 82,2 mil hectares alcançados na safra passada para 75 mil hectares na atual safra.

FAEMG


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