Postado em terça-feira, 28 de junho de 2016
às 08:59
IMA vai fiscalizar cerca de 700 propriedades no vazio sanitário da soja em Minas, que começa na sexta (1/7)
Vazio sanitário completa 10 anos e tem contribuído para o controle da ferrugem asiática. Produção do grão em Minas deve crescer 30% neste ano
Começa na sexta-feira desta semana (1/7) o período do vazio sanitário da soja, que prosseguirá até 30 de setembro em todo o território mineiro. Durante 90 dias estará proibido o plantio deste grão em todo o estado, exceto para as situações previstas na legislação e desde que autorizado pelo Comitê Estadual para Controle da Ferrugem Asiática da Soja, presidido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O IMA prevê fiscalizar aproximadamente 700 propriedades rurais em todo o estado durante os 90 dias de vigência do vazio sanitário.
A medida está estabelecida pela Resolução nº 1.393/2015 da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Portaria nº 1503/2015 do IMA e tem o objetivo de prevenir e controlar a ferrugem asiática, praga causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e que destrói a planta infectada.
Além da proibição de novos plantios, durante o vazio deverão ser exterminadas todas as plantas vivas remanescentes de safras anteriores, o que poderá ser feito com a utilização de produtos químicos ou outras formas de erradicação.
O produtor que for notificado pelo IMA por manter a planta na sua lavoura e que não exterminá-la em prazo de 10 dias após a notificação estará sujeito a multa de 1,5 mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a R$ 4.516,35.
Poucas autuações
Este será o décimo ano consecutivo em que o vazio sanitário da soja é realizado em Minas, desde que foi instituído em 2007. O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, engenheiro agrônomo Nataniel Diniz Nogueira, argumenta que ao longo dos últimos nove anos o IMA fiscalizou 4530 propriedades rurais com plantações do grão em todo o estado.
Do total fiscalizado o Instituto realizou 715 notificações, casos onde foi constatada a presença da planta na propriedade. Destes, somente 41 produtores receberam autos de infração, que são aqueles casos em que o agricultor, depois de notificado, não erradicou a planta no prazo de 10 dias estipulado pelo IMA.
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