Justiça cumpre decisão sobre reintegração de posse no bairro Recreio Vale do Sol

 Da Redação

A Justiça local cumpriu, na manhã desta segunda-feira, 20 de junho, a reintegração de posse em uma área invadida por moradores no Bairro Recreio Vale do Sol. Não houve a demolição de construções e sim de cercas de lotes.

Uma máquina derrubou cercas feitas nos terrenos, onde havia algumas plantações de hortaliças e frutas. Uma equipe da Polícia Militar acompanhou todo o procedimento.

A ação foi impetrada no ano passado pela empresa que tem um empreendimento imobiliário ao lado do bairro. “São cinco lotes invadidos na área de equipamento comunitário que será destinada à Prefeitura. Outros três lotes, pertencentes a loteadora, já têm casas. Nestes já houve negociação entre a empresa e moradores”, afirmou a advogada da empresa, Aline Ferreira Venga.

Já os moradores alegam que tomaram posse da área orientados por uma pessoa ligada a empresa, cujo nome não foi citado. “Tem gente que mora aqui há 15, 20 anos. A gente esperava que a Prefeitura legalizasse a área”, comentou Vitor Donizete da Silva, acrescentando que um grupo de seis moradores entrou com recurso contra a reintegração de posse. “Está em segunda instância. Se houver decisão favorável, invadimos de novo”, afirmou.

Outra preocupação é com possíveis novas invasões no local. “Nosso medo é que venha gente de fora para invadir os lotes. Estamos aqui há 20 anos, se a gente não ficar de olho é isso que vai acontecer”, alegou o catador de papelão Pedro Aparecido dos Santos.

O presidente da Câmara, Enéias Ferreira de Rezende (PRTB), esteve no local a pedido dos moradores. Acompanhou o procedimento de reintegração de posse, conseguiu acalmar os ânimos e explicou que o melhor a fazer naquele momento era cumprir a determinação da Justiça. Ele estava acompanhado do procurador do Legislativo, José Ricardo Leandro e Silva.

Antes da chegada dele um grupo de pessoas apedrejou o veículo do oficial de Justiça que levou a ordem. Nenhuma pessoa ficou ferida.

Acima, momento em que, por determinação judicial, as máquinas destroem cercas colocadas por moradores. Abaixo, o presidente da Câmara Municipal, Enéias Rezende, que esteve no local para verificar a situação envolvendo os moradores (Fotos: Ascom/Câmara Municipal)