Postado em segunda-feira, 30 de maio de 2016 às 08:52

Tangerina de Minas mira gosto do Velho Continente

Da mesa do mineiro e do brasileiro para exigentes mercados de consumo no exterior, a tangerina Ponkan cultivada em Belo Vale, município de apenas 7,5 mil habitantes da Região Central de Minas Gerais, prepara avanço desafiador da cultura no estado


Do Portal do Agronegócio

O crescimento da produção na cidade, que é a principal fornecedora de Minas e a segunda no ranking do país, leva à expectativa de que a safra deste ano seja a maior da história das lavouras. A boa notícia estimula planos de exportação. A colheita começou neste mês e se estenderá até setembro. A previsão dos produtores é chegar a 60 mil toneladas da fruta cítrica, o equivalente a 3 milhões de caixas.

O maior resultado da colheita havia sido de 45 mil toneladas, ou 2,250 milhões de caixas, em 2015. Os desafios são o investimento na melhora da fruta produzida e o uso de técnicas modernas para evitar doenças que possam comprometer a produção. Todo o comércio da tangerina Ponkan de Belo Vale é destinado ao consumo de mesa. O município fornece frutos in natura e já há produtores que fazem seleção em paking house, sistema de beneficiamento com o controle de qualidade e separação por tamanho, coloração e nível de defeitos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Agropecuária, o cultivo proporciona renda direta aos produtores em torno de R$ 40 milhões por safra. São gerados aproximadamente 1 mil empregos diretos na época da colheita entre abril e setembro. Cada caixa custa de R$ 20 a R$ 30 e pesa entre 18 e 22 quilos.

Ciente do potencial da região, o produtor Eduardo de Castro Fernandes, de 34 anos, está montando em Belo Vale uma indústria de beneficiamento de frutas cítricas, em especial, a mexerica. “Em 10 dias entramos em funcionamento com uma máquina que fará a limpeza, aplicação de cera líquida e classificação da fruta em tamanhos pequeno, médio e grande. Com isso elas já vão chegar no mercado separadas e embaladas para o consumidor final”, conta o produtor. O município dispõe de maquinário semelhante, porém mais antigo, na Fazenda Vira Sol.

Além da produção de Eduardo Castro, a unidade de processamento atenderá outros agricultores interessados. Os serviços vão aumentar o lucro da família Castro, que atualmente mantém 20 mil pés de mexerica e estima produzir 60 mil caixas neste ano. Junto do pai e do tio, Eduardo tem projeto de exportar para a Europa já nesta safra. “Estamos na fase final de um estudo para exportar, que segue uma análise bem detalhada da planta exigida pelo país importador para checar se os produtos usados, como os agrotóxicos, são permitidos”, disse. A expectativa é de aumentar a produção em 50% para que os embarques ao exterior sejam contemplados.

Portal do Agronegócio



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