Postado em segunda-feira, 30 de novembro de 2015 às 17:10

Governo avalia pedido da Nestlé para importar café etíope

Depois de voltar atrás na decisão de autorizar a importação de café arábica verde do Peru em maio deste ano, o Ministério da Agricultura se debruça novamente sobre o assunto e deve decidir em breve se permite ou não a compra do grão da Etiópia


Do Portal do Agronegócio
 
O país africano é um importante produtor da espécie arábica, com cerca de 6,5 milhões de sacas anuais.
 
Já está sobre a mesa do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, um pedido da multinacional suíça Nestlé para aprovar a importação de café verde da Etiópia, que seria a primeira autorizada pelo governo brasileiro.
 
A ministra da Agricultura Kátia Abreu aguarda apenas a definição da área técnica do ministério - que faz a análise de risco de pragas do grão etíope - para assinar uma Instrução Normativa autorizando ou não a importação, segundo o Valor apurou. Fiscais agropecuários da pasta estão empenhados neste momento sobre essa análise, na qual também está envolvida a área internacional do ministério.
 
A entrada do café verde etíope no país atenderia a uma demanda da indústria brasileira, que atua no segmento de cápsulas (monodoses) e pretende usar diferentes variedades nos blends do produto. Entre elas, a Nestlé, que vai inaugurar em meados de dezembro uma fábrica em Montes Claros (MG), com capacidade estimada para produzir 350 milhões de cápsulas de café por ano, e portanto pretende importar grãos de outros países.
 
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Nestlé confirmou que solicitou ao ministério a liberação da importação de café verde da Etiópia, e acrescentou que o pedido de autorização é pleiteado por representantes da indústria brasileira desde 2008. Observou ainda que "o planejamento é que a importação do café da Etiópia, responsável por menos de 5% do volume utilizado nos blends de suas cápsulas, seja feita em caráter temporário".
 
"Para a Nestlé, o objetivo é o de viabilizar a composição de blends e atender à demanda existente no mercado interno, bem como dos mercados aos quais os seus produtos são e serão exportados", disse a empresa em nota. A companhia também disse estar investindo em pesquisa e já identificou fornecedores de café conilon e arábica no Brasil para produzir cápsulas com matéria-prima 100% nacional.


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