Postado em terça-feira, 28 de julho de 2015
às 09:07
Fungo desenvolvido por cientistas mineiros beneficia qualidade do café
Antes de ter comprovada sua ação positiva, o fungo Claridosporium claridospoides era considerado nocivo às lavouras cafeeiras
Do Portal do Agronegócio
Até o início do ano que vem, é possível que o Bio Protetor, produto totalmente ecológico desenvolvido para lavouras de café, possa começar a ser oferecido comercialmente, facilitando o acesso pelos cafeicultores de Minas e do Brasil. O produto tem como base o fungo Claridosporium claridospoides, que ficou conhecido como fungo do bem por sua ação benéfica à qualidade do café, e é feito em biofábrica instalada dentro da Universidade Federal de Lavras (Ufla), no Sul de Minas, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Mas enquanto não sai o registro do Ministério da Agricultura, para que possa ser vendido como qualquer produto no mercado, o projeto evolui e o Bio Protetor já vem sendo usado por fazendeiros do estado, que ao entrar em contato com os responsáveis por seu desenvolvimento, em Lavras, obtêm orientação especializada e uma amostra do produto. Esse ano, especificamente, devido ao outono/inverno mais úmido, época de frutificação do café, a procura aumentou.
Há mais de 20 anos, o Claridosporium claridospoides é estudado pela pesquisadora da Epamig e colaboradora na Ufla Sara Maria Chalfoun, engenheira-agrônoma, doutora em fitotecnia. Tudo começou em 1989, quando ela fazia trabalho para estabelecer o papel de micro-organismos sobre a qualidade do café e identificou a presença do Claridosporium em uma lavoura na cidade de Alfenas, no Sul do estado. “Já havia relatos desse fungo no Brasil desde 1957 em áreas em que o café tinha melhor qualidade. Mas sua presença apenas havia sido constatada.
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